Conselho do Flamengo aprova alteração no Estatuto e endurece punições para casos de racismo

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O Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou, na noite desta terça-feira (19), alterações no Estatuto Social do clube. A mudança inclui novos parágrafos que estabelecem o combate ao racismo como princípio norteador da instituição e determinam punições específicas para sócios, dirigentes, atletas, funcionários e prestadores de serviço envolvidos em práticas discriminatórias.

De acordo com o texto aprovado, sócios flagrados em atos racistas poderão ser suspensos por até um ano ou expulsos em caso de reincidência. Já os colaboradores do clube estarão sujeitos à demissão, enquanto contratos com prestadores de serviço poderão ser rescindidos. A medida amplia o alcance da cláusula anti discriminatória já existente no Estatuto desde 1980 e detalhada em 1992, tornando mais explícitas as responsabilidades e penalidades.

A proposta foi aprovada por aclamação, ou seja, de forma unânime entre os conselheiros presentes e conectados de forma remota. A reunião contou com a participação de 246 conselheiros no clube e outros 624 de maneira online.

Nos últimos anos, o Flamengo já vinha promovendo iniciativas relacionadas ao tema. Entre elas estão parcerias com entidades como CUFA, ID_BR e MUHCAB, a produção de uma cartilha de combate ao racismo, cursos de formação para funcionários e campanhas institucionais, como o lançamento da camisa “Antirracismo” e ações de valorização da diversidade.

Além das medidas institucionais, o clube tem voltado atenção também para seus atletas. Jogadores das categorias de base, do basquete e do futebol feminino participam de um ciclo de palestras sobre racismo que se estenderá até outubro, culminando no seminário “Valorização da Cultura Negra no Esporte”.

Ao mesmo tempo, o Flamengo se prepara para o jogo contra o Internacional, nesta quarta-feira, às 21h30, no Beira-Rio, pela partida de volta das oitavas de final da Libertadores. No Maracanã, o time carioca venceu por 1 a 0 e joga pelo empate para avançar.



Por: Estadão Conteúdo

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