Conmebol abre processo disciplinar contra Bobadilla, do São Paulo, após acusação de xenofobia


A Conmebol abriu nesta quarta-feira uma investigação sobre a acusação feita pelo lateral-esquerdo venezuelano Miguel Navarro, do Talleres, de que teria sido vítima de xenofobia no jogo da equipe argentina contra o São Paulo nesta terça-feira, em duelo válido pela Libertadores. O meio-campista são-paulino Bobadilla, que admitiu ter discutido com o rival, fez um pedido de desculpas por meio das redes sociais.

Diante do episódio de discriminação, a entidade pretende colher provas através de imagens e entrevistas para analisar o caso e, então, decidir se vai abrir um processo contra o atleta.

Não significa necessariamente presunção de culpa, mas indica que o caso será examinado a partir de elementos suficientes para abrir o expediente disciplinar.

Acusado de xenofobia, Bobadilla citou o clima de rivalidade intensa dentro de campo para justificar a discussão durante a partida.

“Foi um jogo muito quente, um clima tenso durante todo o jogo. Depois do nosso segundo gol, tive uma troca de palavras com o jogador do Talleres onde fui ofendido primeiro, ele também me tratou com desprezo”, afirmou o jogador para, em seguida afirmar que não teve a intenção de menosprezar o rival.

“Nunca tive a intenção de discriminar ninguém, mas durante aquele momento quente acabei reagindo mal. Queria me desculpar publicamente e pedirei desculpa se encontrá-lo pessoalmente. Desculpas e abraço a todos” – disse o jogador em vídeo publicado em uma rede social.

O meio-campista pode ser suspenso por quatro meses caso seja comprovado que cometeu ato de xenofobia contra o adversário. Tal punição está prevista no artigo 15 do regulamento da Conmebol.

Nos momentos finais do segundo tempo da partida desta terça-feira, uma confusão foi iniciada, com jogadores se manifestando em tom de cobrança contra Bobadilla. Navarro tentou deixar o campo, mas foi impedido pelo árbitro chileno Piero Maza.

Em lágrimas, ele permaneceu no campo até o fim da partida. Ao sair, concedeu entrevista para a transmissão de TV, mas foi sucinto. “Não quero falar, ele sabe o que disse. Foi com Bobadilla. Não quero falar do jogo”, disse. Depois, na zona mista, Navarro confirmou que o paraguaio o chamou de “venezuelano morto de fome”. Ele fez boletim de ocorrência contra o são-paulino.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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