Conheça o cardeal que poderá se tornar o primeiro papa africano


O cardeal guineano Robert Sarah, de 79 anos, desponta como uma das principais apostas da ala conservadora da Igreja Católica para suceder o papa Francisco. Caso seja escolhido no conclave, Sarah poderá se tornar o primeiro africano – e também o primeiro negro – a ocupar o Trono de São Pedro.

Conhecido por suas posições conservadoras, Sarah foi nomeado cardeal em novembro de 2010 pelo papa Bento XVI. Durante o pontificado de Francisco, ganhou notoriedade como uma das vozes mais críticas às reformas promovidas pelo papa argentino.

Em 2023, por exemplo, manifestou-se contra a decisão de Francisco que autorizou a bênção a casais do mesmo sexo, desde que não fosse confundida com o sacramento do matrimônio. “A liberdade que devemos oferecer às pessoas que vivem em uniões homossexuais reside na verdade da palavra de Deus”, disse, à época, ao blog italiano Settimo Cielo. Ele acrescentou que essas pessoas estariam “na prisão” do pecado.

Nascido em 15 de junho de 1945, no vilarejo de Ourous, na Guiné, ele teve uma trajetória marcada por superações. Após o ensino médio, deixou o país para continuar os estudos no seminário menor de Bingerville, na Costa do Marfim. Com a independência da Guiné, em 1958, voltou ao país e concluiu a formação religiosa. Foi ordenado sacerdote em 20 de julho de 1969, em Conacri.

Na sequência, estudou teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, e aprofundou-se em Escritura no Studium Biblicum Franciscanum, em Jerusalém. Após retornar à Guiné, assumiu a reitoria do seminário menor de Kindia e serviu como pároco em diversas localidades do país, como Bokè, Katace, Koundara e sua terra natal, Ourous.

Em agosto de 1979, aos 34 anos, foi nomeado arcebispo de Conacri por João Paulo II, tornando-se, então, o bispo mais jovem do mundo, apelidado pelo papa polonês de “bispo bebê”. Sua consagração ocorreu em dezembro do mesmo ano.

Com larga experiência na Cúria Romana, Sarah foi nomeado secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos em 2001, e passou a presidir o Pontifício Conselho Cor Unum em 2010. Em 2014, assumiu o cargo de Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que ocupou até fevereiro de 2021.

Participou do conclave de 2013, que elegeu o papa Francisco, e agora volta a ser considerado um nome forte para liderar a Igreja Católica em um novo ciclo.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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