O cardeal José Tolentino de Mendonça é o único português na lista de 22 “papáveis” elaborada por especialistas no Colégio dos Cardeais. É também o mais jovem da lista, com 59 anos, e um dos mais progressistas.
A plataforma do Colégio Cardinalício reúne uma equipe internacional de jornalistas e pesquisadores do catolicismo responsáveis pela elaboração da seleta lista dos candidatos mais fortes para ocupar o trono de São Pedro. Nascido em Funchal, na Ilha da Madeira, em 1965, ele viveu até os dez anos de idade em Angola, ex-colônia portuguesa, onde seu pai trabalhava como pescador.
Tolentino foi nomeado cardeal pelo papa Francisco, em 2019. Atualmente, ele ocupa o posto de prefeito do Dicastério para Educação e Cultura, ou seja, estão sob a sua tutela as universidades católicas em todo o mundo e, por isso, é um homem muito escutado dentro da igreja, segundo seu colega, o padre José Manuel Pereira de Almeida, vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa.
Considerado um dos cardeais mais progressistas da lista dos “papáveis”, Tolentino tinha grande afinidade com o papa Francisco. Ele é poeta e especialista em estudos bíblicos e tem uma longa carreira na Universidade Católica Portuguesa, como professor e reitor. Em meados de fevereiro, Tolentino chegou a presidir uma missa dominical no Vaticano, em substituição a Francisco, que estava internado, um forte indicativo de que goza de prestígio na Santa Sé.
Entretanto, o cardeal português já provocou muitas controvérsias durante sua vida sacerdotal, de acordo com a equipe do site do Colégio dos Cardeais, sobretudo por abordagens tidas como heterodoxas e muito tolerantes em relação à homossexualidade e ao se aliar a uma freira beneditina feminista que defende o aborto, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo e a ordenação de mulheres (embora nunca tenha se manifestado publicamente). Para Tolentino, essas visões seriam parte de um esforço de engajar a Igreja na cultura moderna.
A hipótese de que Tolentino de Mendonça possa vir a substituir Francisco, ganhou força em Portugal nos últimos tempos, mas o padre Pereira de Almeida, acha que é pouco provável que ele seja eleito.
“É improvável”, afirmou o padre em entrevista ao site de notícias Euronews. “A minha ideia é que a escolha não irá recair num cardeal europeu, por conta da evolução que a própria Igreja Católica tem tido em outros continentes, como África e Ásia.
Em 2013, quando Francisco foi eleito papa, os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total de votantes. Mas, as nomeações feitas pelo papa argentino ao longo de seu pontificado deram mais peso a representantes da África, da Ásia e da Oceania, garantindo um conclave com maior diversidade.
Atualmente, os cardeais europeus representam 39% do total. São 53 da Europa, 37 das Américas, 24 da Ásia, 18 da África e quatro da Oceania. Ainda assim, lembram especialistas, o cardeal português vem da periferia da Europa e foi criado em Angola e na Ilha da Madeira.
Por: Estadão Conteúdo
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