Congresso aprova projeto que permite uso de emendas em despesas de pessoal na saúde


O Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira, 17, um projeto de resolução que autoriza o uso de recursos de emendas parlamentares no pagamento de despesas com pessoal. A votação ocorreu em sessão conjunta entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal e segue para promulgação.

A decisão do Congresso contraria um entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) que reprovou esse tipo de uso das emendas parlamentares. Relatado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO), o projeto interfere nos artigos sobre as emendas de comissão e de bancada estadual, que não são impositivas.

Pelo texto, continua proibido o uso de emendas individuais para custear despesas com pessoal ativo, inativo e pensionistas, no caso da destinação dos recursos para ações e serviços públicos de saúde.

O texto altera a resolução do Congresso nº 1 de 2006 para autorizar que, no caso das emendas de comissão e de bancada estadual, “os recursos alocados para complementação de transferências automáticas e regulares da União para os fundos de saúde dos demais entes, destinadas ao custeio da atenção primária da saúde e da média e alta complexidade, poderão ser utilizados para pagamento de despesas com pessoal ativo”.

A redação destaca que, para isso, é preciso que as despesas sejam referentes aos profissionais da área da saúde “que atuem diretamente na prestação de serviços dessa natureza, devendo o ente beneficiário administrar as respectivas despesas a cada exercício financeiro de forma a não prejudicar a continuidade dos serviços ofertados à população”.

Emendas individuais

O projeto também mexe nas regras de aplicação das emendas parlamentares individuais, que são impositivas. De acordo com o texto, no caso da modalidade transferência com finalidade definida, poderá haver indicações de diferentes parlamentares para o mesmo plano de trabalho.

Segundo a área técnica do Legislativo, isso já era possível antes do PRN, mas ministérios passaram a se pronunciar, em alguns casos, em desfavor dessa prática. Há uma argumentação de que essa possibilidade permite que os recursos sejam destinados a projetos maiores e mais estruturantes.

Conforme o projeto, essas emendas deverão ser destinadas preferencialmente para obras inacabadas de sua autoria, com valores mínimos estabelecidos pelo Executivo para cada objeto.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Governo quer cumprir superávit primário ano que vem e favorecer queda de juros, diz Zarattini

O relator da Medida Provisória alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Carlos Zarattini (PT-SP),…

11 minutos ago

Rubio entrega recado a Trump e pede aprovação para publicação sobre acordo no Oriente Médio

Enquanto participava de um encontro na Casa Branca, há pouco, o presidente dos EUA, Donald…

12 minutos ago

Fechamento do mercado financeiro

A seguir, o fechamento dos principais indicadores do mercado financeiro.BOLSASIbovespa: +0,56%Pontos: 142.145,38Máxima de +0,73% :…

19 minutos ago

NBA retorna à China após polêmica para reencontrar os seus 300 milhões de fãs

A última vez que a NBA foi à China, houve silêncio. Foram dois dos jogos…

21 minutos ago

Taxas futuras recuam com sinal de derrota do governo na aprovação da MP do IOF

Após percorrerem boa parte da sessão em baixa contida, os juros futuros negociados na B3…

32 minutos ago

Trump diz que deve ir para Egito para conversas de acordo de paz, mas não descarta visitar Gaza

O presidente americano, Donald Trump, disse que deve visitar o Egito, à medida que as…

33 minutos ago

This website uses cookies.