Como Endrick foi de joia e futuro do Real Madrid a peça subutilizada por Xabi Alonso

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Endrick não deve continuar no Real Madrid após a janela de transferências de janeiro. Sem ganhar minutos com Xabi Alonso, o atacante tem recebido sondagens de diversos clubes do futebol europeu desde o início deste ano, de ligas da Inglaterra, França e Itália, por exemplo. Esse cenário, há um ano, era completamente diferente, quando era tratado como uma joia a ser lapidada por Carlo Ancelotti.

Com Xabi, o cenário é diferente. Apesar de ter herdado a camisa 9 de Kylian Mbappé, que, por sua vez, assumiu a 10 após a saída de Luka Modric, Endrick não entra em campo desde maio. Antes, se recuperava de lesão e não era relacionado. Agora, mesmo no banco de reservas, não consegue ganhar minutos com o novo treinador espanhol.

Com Ancelotti, cenário diferente: Endrick era uma peça utilizada com frequência. Mesmo na reserva na maioria das partidas, entrou em campo 37 vezes na última temporada e marcou sete gols. Na Copa do Rei, foi alçado à titularidade e brigou pela artilharia do torneio – só ficando fora da final, quando o treinador italiano optou por uma equipe titular.

Foi um pedido do próprio Ancelotti que Endrick, ao ser contratado junto ao Palmeiras, fosse integrado à equipe principal do Real Madrid logo de cara, diferentemente de outros brasileiros, como Rodrygo e Vinicius Júnior, que passaram pelo Castilla ao chegar à Espanha.

“É certo que quando chegar, (Endrick) estará no elenco principal”, afirmou o treinador italiano, em 2024. “Sobre isso não existem dúvidas. Vejo que fala muito sobre o futuro e isso me deixa feliz.” As lesões, na reta final da temporada 2024/2025, prejudicaram a continuidade do então camisa 16 na equipe principal.

Acertado com a seleção brasileira, Ancelotti deu espaço para Xabi Alonso, que assumiu a equipe já na disputa do Mundial de Clubes nos Estados Unidos. Endrick, lesionado, não pôde mostrar suas qualidades ao novo comandante que, por sua vez, lançou outros jovens à equipe titular. São os casos de Arda Guller e Gonzalo García, que continuam a serem utilizados com frequência pelo treinador em 2025/2026.

Endrick, por sua vez, só conseguiu ficar à disposição em setembro. E, como centroavante, precisa disputar a posição tanto com Gonzalo quanto com Mbappé. Ele foi relacionado para sete partidas desde então, mas não entrou em campo em nenhuma destas.

Oficialmente, Xabi Alonso descarta que o camisa 9 seja negociado em janeiro. “A competição no ataque é intensa. Ele precisa estar preparado para o momento e o contexto de cada partida. Tanto ele quanto Gonzalo (García) e Brahim (Díaz). Eles entrarão em campo, porque há muitas partidas. Este é o futebol de elite e precisamos de muitos jogadores bons”, afirmou nesta semana, à TNT Sports.

O Estadão apurou que, mesmo em um momento de baixa no Real Madrid, Endrick nunca pensou em efetivamente deixar a equipe. O West Ham chegou a avançar na reta final da última temporada em busca de um empréstimo, mas esbarrou na vontade do atacante em permanecer na Espanha e, à época, no próprio Real Madrid. Por outro lado, a ausência de minutos nesta temporada faz com que ele se afaste da seleção brasileira e, consequentemente, da Copa do Mundo.

Com isso, o estafe do jogador já trabalha com a possibilidade de um empréstimo na metade da temporada. Na França, o Olympique de Marselha é uma das equipes que se mostrou interessada em contar com o camisa 9, mesmo que por um breve período. Neste momento, não há a possibilidade de um retorno ao Brasil.

O Palmeiras negociou o jogador em 2022 por um valor fixo de 35 milhões de euros (R$ 199 milhões) e está atento a outros valores que ainda pode receber pela negociação. Os paulistas já ganharam outros 545 mil euros (R$ 3,32 milhões) por metas alcançadas pelo jogador e ainda há possibilidade de o jovem render um bônus de mais 12 milhões de euros até o fim do contrato. Mas para isso, ele precisa não ser emprestado e passar a ganhar minutos.



Por: Estadão Conteúdo

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