Após ter fechado a sexta-feira, 10, aos 140 mil pontos antes mesmo que se conhecesse a sobretaxa adicional de 100% prometida pelo governo Trump à China para novembro, o Ibovespa ficou perto de recuperar a marca dos 142 mil pontos nesta abertura de semana, em alta de 0,78%, aos 141.783,36 pontos no fechamento, na ausência de desdobramentos negativos ao longo do sábado e do domingo sobre a relação bilateral entre as duas maiores economias do globo. Pelo contrário, os comentários do secretário do Tesouro, Scott Bessent, foram interpretados como apaziguadores, com canal de diálogo ainda aberto com a China.
Em entrevista à Fox Business pela manhã, Bessent disse que as linhas de conversa com autoridades chinesas foram reabertas e estão em andamento nesta semana, após a ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, na sexta-feira.
A leitura de fundo é a de que, mais uma vez, está em ação a estratégia típica de Trump: bater forte na largada para alcançar resultados ao longo de negociações. A princípio, a China mostra firmeza ao prometer retaliações e ao sustentar, também, que não mudará de ideia quanto as vendas de terras raras para os EUA, que havia restringido como parte da disputa por supremacia mundial em áreas de inovação, como tecnologia e energia.
Ainda assim, a descompressão dos mercados nesta segunda-feira foi observada, além da Bolsa, também na curva do DI e no câmbio, em baixa de 0,75% no fechamento, a R$ 5,4623, após encerrar a sexta-feira na faixa de R$ 5,50, tendo se aproximado de R$ 5,52 na máxima daquela sessão. Na B3, o Ibovespa oscilou dos 140.681,77 até os 142.302,81 pontos, fechando o dia com giro muito enfraquecido, a R$ 14,7 bilhões. No mês, o índice de ações ainda cede 3,05%, com ganho no ano a 17,87%.
“Depois do sell-off onda de vendas da sexta-feira – quando fazia sentido uma realização de lucros, tendo em vista também a situação fiscal doméstica -, veio a recuperação baseada na descompressão global, no fim de semana, sobre a relação Estados Unidos e China”, resume Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
“Trump havia subido o tom na sexta-feira e agora já se fala em chegar a acordo, para evitar o que seria um evento recessivo para ambos os países, como notou o próprio presidente dos Estados Unidos”, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, acrescentando que o nível de incerteza fiscal doméstica, desde a derrota na semana passada da MP no Congresso, permanece elevado.
Em Nova York, os ganhos nesta segunda-feira sem Treasuries – em razão do feriado de Colombo nos EUA – superaram 2% no índice tecnológico Nasdaq (+2,21%) no fechamento, com destaque também para o amplo S&P 500 (+1,56%) – ambos vêm de recordes recentes -, e em menor medida para o Dow Jones (+1,29% na sessão).
Na B3, o dia foi de ganhos, de moderados a firmes, para as ações de primeira linha – porta de entrada habitual do fluxo estrangeiro – como Vale (ON +1,49%), Petrobras (ON +0,94%, PN +0,97%) e Itaú (PN +0,40%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, Usiminas (+6,35%), CSN (+6,32%) e Braskem (+3,99%). No campo oposto, MBRF (-4,16%), Pão de Açúcar (-3,03%), Magazine Luiza (-2,38%) e Raízen (-2,30%).
Para Otávio Araújo, consultor sênior na ZERO Markets Brasil, na sessão, as quedas em ações como as de Pão de Açúcar e Marfrig, além de Assai (-2,07%) e Minerva (-1,07%), todas na ponta negativa do Ibovespa na sessão, foram motivadas por “ajustes técnicos após valorização recente, além de resultados operacionais considerados abaixo do esperado, especialmente no segmento de alimentos, que enfrenta pressões sobre margens e exportações”.
Por: Estadão Conteúdo
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