Cláudio Castro pede dez vagas em presídios federais após operação mais letal da história do Rio


O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), solicitou à União dez vagas em presídios federais de segurança máxima para transferir presos de alta periculosidade que lideram organizações criminosas no Estado.

“Acreditando que política de segurança pública se faz com diálogo e integração, pedi ao governo federal, então, imediatamente, dez vagas para transferência desses criminosos de alta periculosidade, mostrando que integração e diálogo é a nossa forma de fazer segurança pública”, afirmou Castro.

O pedido ocorre no dia da megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, que deixou 64 mortos (sendo quatro policiais) e 11 feridos. O número de mortos deve aumentar, pois corpos encontrados na madrugada desta quarta-feira, 29, ainda não foram registrados oficialmente. A ação, considerada a mais letal da história da polícia fluminense, prendeu 81 suspeitos e apreendeu 93 fuzis.

Mais cedo,na terça, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, entrou em contato com o governador e informou a disponibilidade de vagas em presídios federais para receber os presos da operação. Também propôs uma reunião de emergência nesta quarta-feira, 29, no Rio, com a participação dele e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que cumpre agenda no Ceará.

Castro se reunirá nesta quarta-feira, às 9h30, no Palácio Guanabara, com a cúpula da Segurança Pública estadual para discutir os resultados da Operação Contenção e, em seguida, conversará por vídeo com governadores de outros Estados.

Ainda nesta terça-feira, após a ação, Castro afirmou que o Rio “enfrenta o crime organizado sozinho”, sem apoio das forças federais. O Ministério da Justiça e Segurança Pública rebateu, dizendo que tem atendido “prontamente a todos os pedidos” de envio da Força Nacional e que, desde 2023, já acatou todas as 11 solicitações de renovação da presença da tropa no Estado.

O governo federal negou três pedidos de uso de blindados militares na segurança pública do Rio. Segundo interlocutores do Planalto, as solicitações foram recusadas por falta de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), instrumento que permite o uso das Forças Armadas em ações de segurança e que não foi solicitado por Castro.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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