A China disse na terça-feira (23) que não utilizará mais o tratamento especial para países em desenvolvimento nas negociações atuais e futuras da Organização Mundial do Comércio (OMC), sinalizando esforço para aliviar um ponto de atrito de longa data com os EUA.
O primeiro-ministro chinês Li Qiang, anunciou a mudança em uma reunião sobre a Iniciativa de Desenvolvimento Global da China, nos arredores da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
A medida foi elogiada pela diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, que escreveu nas redes sociais que “isso é o culminar de muitos anos de trabalho árduo” e aplaudiu a liderança da China.
Ainda assim, Li enquadrou a decisão como vinda de “um grande país em desenvolvimento responsável”, sublinhando que Pequim continua a reivindicar o status de nação em desenvolvimento. Embora a economia chinesa seja a segunda maior do mundo, depois dos EUA, sua renda per capita permanece mais próxima à de países como Tailândia e México, com metrópoles ricas compensadas por vastas regiões mais pobres.
As declarações de Li ocorreram poucos dias depois que o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Donald Trump, concordaram em uma ligação telefônica em se encontrar na Coreia do Sul, durante o outono do Hemisfério Norte, para dar continuidade a negociações comerciais.
A reivindicação da China a esse status especial tem sido criticada há muito tempo pelo governo dos EUA como uma forma de obter vantagens injustas, com Washington argumentando que não pode haver reformas significativas na OMC até que grandes economias, incluindo Pequim, renunciem a suas reivindicações. Fonte: Dow Jones Newswires.
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Por: Estadão Conteúdo