Chelsea dá show, derruba favorito PSG com direito a ‘olé’ e é campeão do Mundial de Clubes


O Chelsea derrubou o favorito e incensado Paris Saint-Germain para se tornar o primeiro campeão da versão estendida do Mundial de Clubes. Com inteligência, eficiência e uma apresentação irrepreensível no MetLife Stadium, o time inglês fez 3 a 0 nos franceses neste domingo e ergueu a taça nos Estados Unidos. Três golaços, dois de Cole Palmer e um do brasileiro João Pedro, definiram o largo triunfo.

Campeão mundial em 2021 na versão anterior, o Chelsea é o primeiro a levantar o troféu do torneio recém-criado pela Fifa e que o presidente Gianni Infantino considera um sucesso. Mais de 80 mil torcedores assistiram à final em New Jersey.

A conquista redime o técnico italiano Enzo Maresca, cobrado para que o bilionário clube, que gastou mais de R$ 1 bilhão em reforços na última temporada, fosse vitorioso. A taça do Mundial se junta a da Conference League, a outra conquistada pelos londrinos na temporada europeia.

O time inglês terminou o torneio com apenas um revés, para o Flamengo. No mata-mata, derrubou o Benfica além de dois brasileiros, Palmeiras e Fluminense, até chegar à final e vencê-la com autoridade.

Ganhou quem foi mais eficiente e competente. Foram muitos os méritos do Chelsea, responsável por fazer três gols em um time que havia levado apenas um nos seis jogos anteriores e que não era vazado duas vezes na mesma partida havia dois meses. Reece James escalado no meio, entre linhas, fez a diferença, além da pressão na saída de bola do rival da França.

Não foi muito diferente a estratégia dos ingleses da que havia posto em prática o Botafogo, até então único algoz do PSG na competição. A diferença é que a equipe de Enzo Maresca sobrou porque tem melhores jogadores.

Um deles é Cole Palmer, o talentoso meia-atacante canhoto de 23 anos, determinante para que a formação inglesa resolvesse o jogo no primeiro. Foram 45 minutos perfeitos, com disciplina tática para segurar o forte jogo coletivo do PSG e eficiência para aproveitar os espaços deixados principalmente no lado direito da zaga rival, valendo-se de uma tarde infeliz do lateral-esquerdo português Nuno Mendes.

O Chelsea finalizou cinco vezes na etapa inicial e três das tentativas encontraram as redes porque Palmer viveu uma jornada gloriosa, bem como o brasileiro João Pedro, que precisou de apenas dois jogos para virar um dos protagonistas deste Mundial.

O camisa 10 britânico fez dois gols bastante semelhantes. De canhota, seu pé bom, não precisou pôr força na bola, apenas direção. Nos dois casos, acertou o mesmo canto, o direito, em conclusões rasteiras.

Ambos os gols foram originados de contra-ataques executados com perfeição. O mesmo ocorreu com João Pedro no terceiro gol. Lançado por Palmer, o atacante mostrou frieza diante de Donnarumma ao cavar sobre o goleiro.

Presente no estádio, o italiano Carlo Ancelotti seguramente se encantou com a atuação do atacante revelado pelo Fluminense e a tendência é de que o convoque para as duas próximas partidas da seleção brasileira em setembro, contra Chile e Bolívia.

O desempenho do Chelsea foi tão incontestável que a torcida gritou “olé” cedo, aos 10 minutos do segundo tempo, etapa em que a equipe inglesa se defendeu com maestria. Luis Enrique usou todas as armas que tinha. Nenhuma delas foi suficiente para mudar o cenário da partida diante das frieza e domínio dos agora campeões mundiais. Provocado, o português João Neves puxou o cabelo do espanhol Cucurella e foi expulso no fim.

O PSG não tem tanto a lamentar, já que encerra a melhor temporada de sua história, com os títulos de Supercopa da França, Campeonato Francês, Copa da França e a inédita conquista da Champions League.

FICHA TÉCNICA:

CHELSEA 3 X 0 PARIS SAINT-GERMAIN

CHELSEA – Sánchez; Malo Gusto, Colwill, Chalobah e Cucurella; Reece James (Dewsbury-Hall) e Caicedo; Palmer, Enzo Fernández (Andrey Santos) e Pedro Neto (Nkunku); João Pedro (Delap). Técnico: Enzo Maresca.

PARIS SAINT-GERMAIN – Donnarumma; Hakimi (Gonçalo Ramos), Marquinhos, Beraldo e Nuno Mendes; Vitinha, João Neves e Fabián Ruiz (Zaire-Emery); Kvaratskhelia (Barcola), Doué (Mayulu) e Dembélé. Técnico: Luis Enrique.

GOLS – Palmer, aos 21 e aos 29, e João Pedro, aos 42 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS – Pedro Neto, Caicedo, Gusto, Colwill, Dembelé, Nuno Mendes.

CARTÃO VERMELHO – João Neves.

ÁRBITRO – Alireza Faghani (Austrália).

RENDA – Não divulgada.

PÚBLICO – 81.118 torcedores.

LOCAL – MetLife Stadium, em New Jersey (EUA).



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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