Você já parou para pensar o que aconteceria se alguém não tivesse uma certidão de nascimento?
Sem esse documento, a pessoa não existe oficialmente para o Estado. Não pode estudar em escola pública, não consegue atendimento médico em muitos lugares, não tem direito a programas sociais, não pode abrir conta em banco e nem mesmo tirar outros documentos.
Mas se esse documento é tão básico e essencial, por que muitas pessoas ainda não entendem toda a sua importância? E, afinal, como é possível emitir ou solicitar a certidão quando necessário?
É isso que vamos responder neste artigo.
A certidão de nascimento é o primeiro documento oficial da vida de uma pessoa.
Ela é emitida em cartório logo após o nascimento e serve para registrar informações essenciais, como:
Esse registro é a porta de entrada para todos os outros documentos que a pessoa terá ao longo da vida, como RG, CPF e carteira de trabalho.
Ter uma certidão de nascimento vai muito além de um papel carimbado. Ela garante direitos fundamentais e permite a plena participação na sociedade. Veja alguns exemplos práticos:
Sem certidão de nascimento, uma criança não pode ser matriculada regularmente em escolas públicas ou privadas.
Hospitais e postos de saúde pedem o registro para vincular a criança ao sistema de saúde. Sem ele, o acompanhamento médico pode ser comprometido.
Programas sociais como Bolsa Família ou Auxílio Brasil exigem que todos os membros da família estejam registrados.
A certidão é necessária para tirar o título de eleitor, o RG e o CPF, além de permitir abrir contas bancárias e ingressar no mercado de trabalho.
Além da parte legal, a certidão é também um símbolo de pertencimento. Ela confirma oficialmente a existência da pessoa e sua ligação com a família.
Sem esse documento, a pessoa fica em uma espécie de invisibilidade social.
Ela pode:
Na prática, é como se não existisse para o Estado, o que limita drasticamente as oportunidades de vida.
No momento do nascimento, geralmente os pais ou responsáveis são os que fazem o registro. Mas e depois?
Qualquer pessoa pode pedir a segunda via da própria certidão de nascimento. Além disso, parentes próximos também podem solicitar, desde que apresentem documentos que comprovem o vínculo.
No caso de menores de idade, os responsáveis legais são os que devem fazer o pedido.
Muitas pessoas não sabem, mas a certidão pode ser emitida em diferentes versões:
É o modelo tradicional, em papel, que apresenta todas as informações essenciais da pessoa.
Traz informações mais detalhadas, como todas as anotações feitas ao longo da vida no registro (casamento, divórcio, óbito etc.).
Emitida pela internet, tem a mesma validade da física e pode ser enviada em formato digital para quem precisa.
O caminho mais tradicional é ir até o cartório onde o registro original foi feito. Basta informar os dados da pessoa (nome, data de nascimento, nome dos pais) e solicitar a certidão.
Hoje já é possível pedir a certidão online, sem sair de casa. Plataformas oficiais e alguns sites de cartórios oferecem o serviço, enviando o documento digitalmente ou por correio.
Se a pessoa nasceu em uma cidade e mora em outra, não há problema. É possível pedir que o cartório de origem envie a certidão para o cartório mais próximo ou emitir diretamente pela internet.
A primeira via da certidão de nascimento é gratuita para todos.
Já a segunda via pode ter um custo, que varia de acordo com o estado e o cartório. Em casos de baixa renda, a gratuidade pode ser solicitada mediante comprovação.
Algumas situações comuns em que é necessário pedir a segunda via incluem:
É importante lembrar que a certidão não tem prazo de validade, mas algumas instituições podem exigir uma versão recente.
A certidão de nascimento também é fundamental para pedidos de cidadania estrangeira. Países que reconhecem descendentes brasileiros ou imigrantes costumam solicitar esse documento como prova da origem familiar.
Nesse caso, muitas vezes é exigida a versão de inteiro teor, pois ela traz informações completas e detalhadas.
Infelizmente, o Brasil ainda enfrenta casos de sub-registro, quando crianças não são registradas logo após o nascimento.
Isso costuma acontecer em regiões mais pobres ou afastadas dos centros urbanos, onde o acesso ao cartório é limitado.
O sub-registro cria uma barreira enorme: sem certidão, a criança fica sem escola, sem atendimento adequado e sem direitos básicos.
Por isso, campanhas nacionais e ações de cartórios itinerantes são tão importantes para combater esse problema.
A certidão de nascimento pode parecer apenas um papel simples, mas ela é o ponto de partida para toda a vida civil de uma pessoa.
Sem ela, o cidadão fica invisível para o Estado e perde acesso a direitos fundamentais.
O processo de solicitação é simples, rápido e, na maioria das vezes, gratuito. Por isso, garantir que todos tenham sua certidão em mãos é garantir também dignidade, cidadania e futuro.
E aqui fica a reflexão: se esse documento é tão essencial, o que podemos fazer como sociedade para que nenhuma criança no Brasil cresça sem ser oficialmente reconhecida?
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Central de Flagrantes de Uruaçu – 18ª…
O custo da cesta básica de alimentos caiu em 22 das 27 capitais brasileiras em…
O mundo do boxe foi abalado nesta quarta-feira com a notícia da morte de Arturo…
Saoirse Ronan, conhecida por Lady Bird e Adoráveis Mulheres, foi escalada para interpretar Linda McCartney…
Ao falar de grandes metrópoles, Nova York é sempre lembrada quando o assunto é diversidade…
Os dermomakes surgem como uma tendência que une maquiagem e skincare em um único produto,…
This website uses cookies.