A CBF começou nesta segunda-feira a discutir a criação de um modelo de fair play financeiro a ser adotado no futebol brasileiro. Dirigentes de 34 clubes das séries A e B e de 10 federações se reuniram em evento no Rio para debater o assunto e fazer sugestões.
Trata-se, ainda, de um movimento embrionário. Há ideias e sugestões, mas não um documento que vai prever as regras de fair play financeiro. O plano é que essa proposta seja apresentada daqui a pouco mais de três meses, no dia 26 de novembro, durante o CBF Summit, em São Paulo.
A CBF pediu para clubes enviarem sugestões que o departamento jurídico da entidade irá avaliar para entender a viabilidade. Depois, vão pinçar as melhores ideias para, então, elaborar um documento no próximo encontro.
O presidente do Vitória, Fábio Mota, foi um dos que apresentaram sugestões ao grupo de trabalho, composto por 34 clubes, incluindo os quatro grandes de São Paulo – Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo.
“A minha preocupação é a recuperação judicial, que se virou uma praga nos clubes no Brasil porque o clube se endivida, depois pede a recuperação judicial e não paga o que deve”, explicou Mota ao Estadão.
O presidente deste grupo de trabalho é Ricardo Gluck Paul, vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paraense de Futebol. Ele considera ser histórico o evento em que foi dado o pontapé inicial para profundas mudanças no futebol nacional.
“A CBF se apresenta com um compromisso com o diálogo amplo e inédito no sentido de colocar federações e clubes, e os outros entes da discussão numa mesma mesa de trabalho.”
Representantes de Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Mirassol, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória estiveram no encontro. Apenas o Sport não compareceu ao evento.
Da Série B, foram dirigentes de América-MG, Athletic, Athletico-PR, Avaí, CRB, Ferroviária, Goiás, Novorizontino, Paysandu, Remo e Volta Redonda. Membros de federações de Alagoas, Amapá, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe também estiveram presentes.
Para a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, o bom andamento deste projeto pode mudar a rota do futebol brasileiro. “Não dá para pensar em uma liga, por exemplo, sem resolver este tema. O fair play financeiro pode tornar nosso futebol mais igualitário”, disse a dirigente.
Em resumo, o fair play financeiro tem como objetivo manter “o equilíbrio da indústria do futebol por meio da saúde financeira dos clubes”, como explicou o economista César Grafietti, em entrevista recente ao Estadão. Boas práticas incluem não atrasar o pagamento de salários e encargos trabalhistas, recolher impostos em dia e evitar o acúmulo desenfreado de dívidas.
A ideia nasceu há cerca de 15 anos na Europa, após a Uefa ver clubes de maior investimento ficarem em débito com outros mais modestos, que, por sua vez, não conseguiam manter suas operações estáveis. Por isso, a CBF convidou um representante da Uefa. Trata-se de Sefton Perry, que chefia o Centro de Análise e Inteligência da entidade que comanda o futebol europeu.
“A coisa mais importante é ter um grupo de trabalho adequado e descobrir exatamente o que se encaixa no futebol brasileiro e então persistir nisso. Se você persistir, se for configurado da maneira certa e bem estruturado, pode realmente ajudar a chegada de investimento no Brasil e aumentar a confiança no futebol brasileiro”, avaliou o britânico.
Implementar o fair play financeiro foi uma das promessas de Xaud durante a sua curta campanha até ser eleito presidente da CBF. O discurso foi mantido após a eleição. O dirigente apresentou o assunto entre as suas prioridades para o mandato que vai até 2029.
Por: Estadão Conteúdo
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