Há muito tempo, repete-se a ideia de que o cabelo “vira outro” a cada sete anos, criando a impressão de que existe um cronômetro interno determinando uma renovação total. Essa narrativa se popularizou justamente por tentar explicar transformações que muitas pessoas percebem em diferentes fases da vida. Entretanto, os fios não seguem essa lógica tão rígida.
Para entender de onde vem essa crença, a dermatologista Mariana Scribel, especialista em tricologia médica, diz que é preciso olhar para o ciclo capilar. “Cada fio do couro cabeludo passa por fases naturais de crescimento, transição, repouso e queda. A mais longa delas é a fase anágena, quando o fio cresce continuamente. Essa etapa pode durar de 2 a 7 anos, dependendo da genética, da saúde geral e de influências hormonais”, explica.
Dessa maneira, a ciência não confirma que exista um ciclo biológico fixo de sete anos, embora reconheça que o cabelo realmente se transforme, e por motivos variados. “O número sete acabou se popularizando justamente porque representa o limite superior desse intervalo, mas isso não significa que todos os fios sigam esse padrão rigidamente”, explica a médica.
As transformações percebidas ao longo do tempo, afirma Mariana Scribel, estão muito mais relacionadas a fatores hormonais, metabólicos e ambientais do que a contagens fixas. Puberdade, pós-parto, envelhecimento, uso de medicamentos, estresse, dieta e até doenças inflamatórias podem alterar a espessura, a curvatura e a densidade dos fios.
“A textura pode mudar após eventos hormonais importantes. Muitas mulheres observam o cabelo mais ondulado depois da gravidez ou mais fino durante a menopausa”, comenta a dermatologista, que acrescenta: “Mas isso não tem relação com um ciclo cronológico rígido, é influência direta dos hormônios sobre os folículos capilares”.
Mariana Scribel revela que outro ponto importante para compreender o fenômeno é que, com o passar dos anos, o tempo que cada fio permanece em fase de crescimento pode diminuir, o que resulta em cabelos naturalmente mais curtos e finos. A produção de queratina e melanina, responsáveis pela força e cor dos fios, também se altera com a idade.
“O cabelo envelhece como qualquer outro tecido do corpo. Produzimos menos pigmento, a fibra perde resiliência e o número de folículos ativos pode diminuir. São mudanças naturais, graduais e esperadas”, afirma.
A dermatologista ressalta que hábitos de cuidado fazem grande diferença na forma como essas mudanças se manifestam. Alimentação equilibrada, controle do estresse, sono adequado e uma rotina de cuidados capilares baseada em higiene suave e hidratação ajudam a preservar a qualidade dos fios ao longo dos anos. “O segredo está na constância. Não existe um momento exato em que o cabelo ‘vira outro’, mas existe a vida inteira influenciando como ele cresce”, conclui.
Por Bernardo Biavaschi
Fonte: Portal EdiCase
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