Bruno Henrique, do Flamengo, é denunciado por estelionato e fraude em esquema de apostas


O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) ofereceu denúncia criminal contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por estelionato e fraude esportiva. A defesa do atleta foi procurada, mas a reportagem ainda não obteve resposta. O clube carioca também foi procurado, mas também não se manifestou.

A medida, apresentada nesta quarta-feira é um desdobramento da investigação que apontou que o atleta forçou um cartão amarelo em partida do Campeonato Brasileiro de 2023 para beneficiar familiares em um esquema de manipulação de apostas online.

Além do jogador do Flamengo, foram denunciadas outras oito pessoas. Entre elas, primos e o irmão dele, Wander Pinto Júnior, que foi avisado sobre a intenção de sofrer a punição durante partida contra o Santos, em 1º de novembro de 2023.

A pena para o crime de fraudar competição ou evento esportivo, prevista no art. 200 da Lei Geral do Esporte, é de dois a seis anos de prisão. A de estelionato, de um a cinco anos de reclusão. Para o MPDF, houve associação criminosa do grupo.

“Não há como deixar de enfatizar que o denunciado Bruno Henrique Pinto, de forma livre e consciente, ingressou na esfera do crime, mesmo reunindo todas e as melhores condições para dela se manter afastado e, mais do que isso, mesmo sendo dele esperado que agisse como um difusor de exemplo de combate às fraudes esportivas e aos crimes envolvendo as apostas por meio de sites de apostas”, afirmou a denúncia.

Agora, cabe à Justiça do Distrito Federal aceitar ou não a denúncia. Caso isso ocorra, o jogador se tornará réu e só então a chamada ação penal tramitará no Judiciário até que haja um julgamento, o que não há prazo para ocorrer.

O lance que tornou o Bruno Henrique suspeito aconteceu em uma partida do Brasileirão de 2023, contra o Santos, em que ele recebeu cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo.

Como resultado, os parentes de jogador teriam conseguido realizar apostas com alta margem de retorno financeiro. O irmão de Bruno Henrique, Wander, apostou R$ 380,86 e recebeu R$ 1.180,67. Sua esposa, cunhada do jogador, teria apostado em duas plataformas distintas.

De valor inicial, a mulher apostou R$ 380,86 e R$ 500,00, e recebido, respectivamente, R$ 1.180,67 e R$ 1.425,00 de retorno. A prima do atleta também apostou R$ 380,86 e recebeu de volta a mesma quantia.

O jogador tentou nas últimas semanas o arquivamento do processo. A defesa do atleta protocolou petição para a 7ª Vara Criminal sob o argumento de que a conduta atribuída a Bruno Henrique não é condizente com às ações relatadas no inquérito.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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