Divulgação/PCNo início da manhã desta terça-feira, 19, a Polícia Civil por meio do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais - GEPATRI, de Goianésia, deflagrou a operação “Azar no jogo”. A operação que contou com a participação de 27 policiais das delegacias de polícia de Goianésia, Jaraguá e Barro Alto, teve como objetivo investigar suspeitas de fraudes na comercialização/premiação de rifas eletrônicas na cidade.

Divulgação/PCA polícia informou que foram cumpridos 10 mandados de buscas e apreensões em residências e comércios dos investigados. Durante as diligências foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos (celulares, computadores) e documentos, além de cumprirem seis medidas cautelares para que os investigados se abstenham de promover a divulgação, comercialização, sorteio e premiação de rifas ou eventos similares.

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As investigações iniciaram no início de março e de acordo com a polícia, constatou-se que além das rifas serem irregulares, visto que sem observância das formalidades legais - desrespeito à legislação federal -  Lei nº 5.768, de 1971, e a Portaria nº 20.749, de 2020, verificou-se ainda indícios de ilicitude no processo de sorteio e premiação.

Durante as investigações foi apurado que havia desproporção entre o valor de venda do bilhete da rifa e do bem sorteado. Verificou-se também a suspeita de fraude no sorteio das rifas, uma vez que os ganhadores, geralmente, eram amigos ou pessoas próximas do realizador da rifa.

Segundo a polícia, alguns compradores chegaram a investir um valor superior ao preço do bem sorteado, e em muitos casos, o valor obtido com as vendas dos bilhetes, não alcançavam o valor do bem, ou seja, o bem era entregue por um valor menor do que realmente valeria no mercado, gerando um “prejuízo” ao organizador da rifa, o qual, no entanto, continuava realizando novas rifas.

Divulgação/PCEspecificamente, em relação a um dos investigados, a Polícia Civil apurou que a ganhadora de um veículo Land Rover, sorteado no dia 02 de fevereiro, foi teria sido a esposa de um amigo íntimo do organizador da rifa.

Corrobora com as evidências de ilicitude, o sorteio de um Toyota Corolla, modelo Atis, ano 2015. O investigado vendeu os bilhetes no valor de R$ 15 e o ganhador da rifa foi o irmão do esposo da ganhadora da Land Rover. Não bastasse, constatou-se que o Corola era, dezessete dias antes do sorteio da rifa, de propriedade do irmão do ganhador da rifa.

Enfatiza-se que, com a finalidade de mascarar a ilicitude do processo, o investigado realizava os sorteios das rifas por meio da loteria federal.

Em relação a um outro investigado, observou-se que seriam sorteados cinco prêmios e, não por coincidência, seu amigo ganhou os cinco prêmios.

A delegada que investiga o caso, Poliana Bergamo, explicou que as investigações continuam no intuito de analisar o material apreendido e apurar a responsabilidade criminal de cada investigado. A delega informou ainda que as pessoas que adquiriram as rifas eletrônicas, e que se sentirem prejudicadas, podem procurar a Delegacia de Polícia Civil.

A polícia não divulgou a identificação dos investigados.



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