As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira, 1º de setembro, em sessão com liquidez reduzida pelo feriado do trabalho nos Estados Unidos, que limitou as operações. Na Europa, houve a divulgação de indicadores em uma semana que promete sinalizações para os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE), além de contar com os desdobramentos da crise francesa.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,23%, a 551,43 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,10%, a 9.196,34 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,51%, a 24.023,06 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 0,05%, a 7.707,90 pontos. As cotações são preliminares.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro divulgado na terça-feira será crucial para o BCE, que deverá permanecer com as taxas inalteradas em setembro, aponta Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank. Já as ações podem sofrer o impacto da incerteza política francesa no curto prazo, sugere.
O provável colapso do governo francês após a votação de confiança do dia 8 de setembro não o obrigará a buscar apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas o país precisa controlar suas finanças públicas, alertou a presidente do BCE, Christine Lagarde. “Os riscos de queda de qualquer governo da zona do euro são preocupantes”, disse Lagarde em entrevista à Rádio Classique. “Os mercados avaliam os riscos em sua totalidade e temos visto o risco-país aumentar nos últimos dias”, apontou.
Em Copenhague, a ação da Novo Nordisk subiu 1,76%, após a empresa farmacêutica dinamarquesa revelar estudo mostrando que seu medicamento para perda de peso, o Wegovy, reduziu o risco de ataque cardíaco, derrame ou morte em 57% em comparação ao Mounjaro e ao Zepbound, da concorrente americana Eli Lilly. Já em Londres, a BAE Systems avançou 1,91%, após garantir contrato de 10 bilhões de libras para construir navios de guerra para a Noruega. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,51%, a 42.409,71 pontos. Em Madri, o Ibex 35 avançou 0,02%, a 14.939,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,65%, a 7.810,85 pontos.
O PMI industrial da zona do euro subiu para 50,7 em agosto, pouco acima do estimado inicialmente e no maior nível em 38 meses, enquanto a taxa de desemprego voltou para a mínima recorde de 6,2% em julho. Somente na Alemanha, o PMI industrial subiu a 49,8 em agosto. Para a Oxford Economics, a indústria europeia está melhorando e parece firme no terceiro trimestre, elevando previsões para o seu desempenho no curto prazo.
Por: Estadão Conteúdo