O Banco Central da Rússia reduziu sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, para 16,50% ao ano, após concluir reunião de política monetária nesta sexta-feira, 24. A instituição indicou que o custo do crédito deve permanecer em média entre 13% e 15% em 2026, mantendo “um período prolongado de política monetária restritiva”. Em comunicado, a autoridade monetária afirmou que “a economia continua retornando à trajetória de crescimento equilibrado”, mas que os “indicadores sustentáveis do atual crescimento de preços” permanecem acima de 4% em termos anualizados.
Segundo o BC russo, a inflação anual estava em 8,2% em 20 de outubro e deve encerrar 2025 no intervalo entre 6,5% e 7,0%. A instituição prevê que “a inflação sustentável atingirá 4% no segundo semestre de 2026”, permanecendo na meta a partir de 2027.
O comunicado ressalta que o banco central continuará “mantendo a rigidez das condições monetárias necessária para devolver a inflação à meta”, destacando que as expectativas de inflação seguem elevadas, o que “pode impedir a desaceleração sustentável dos preços”.
Entre os fatores que impulsionam o aumento dos preços, o BC citou “o crescimento do custo dos combustíveis e o encarecimento mais rápido de frutas e verduras do que o habitual nos meses de outono do Hemisfério Norte”. A instituição também alertou que, no fim de 2025 e início de 2026, a pressão inflacionária pode se intensificar temporariamente por conta do “ajuste de preços e da reação das expectativas ao aumento do IVA”.
A próxima decisão de política monetária da Rússia será anunciada em 19 de dezembro.
Por: Estadão Conteúdo









