Avaliação negativa do governo Lula cresce e chega a 47,9% em setembro


Levantamento da Futura Inteligência, empresa de pesquisa da Apex Partners, divulgada nesta terça-feira, 16, mostra que a avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu em setembro. O porcentual dos que consideram a gestão “ruim” ou “péssima” passou de 45,9% em agosto para 47,9% agora, avanço fora da margem de erro da pesquisa.

De acordo com o levantamento, 31,9% avaliam o governo como “bom” ou “ótimo” e 18,4% como “regular”. Outros 1,9% não souberam ou preferiram não responder. A avaliação positiva possui tendência de alta desde junho, quando estava em 20,4%. O resultado da pesquisa contrasta com outros institutos, como Quaest, Datafolha, MDA e Atlas. Em geral, os levantamentos demonstram o “fechamento da boca do jacaré”, com redução da avaliação negativa sobre o governo federal. No entanto, essa tendência não é captada pela Futura.

A pesquisa também questionou a percepção pessoal sobre o presidente Lula. Nesse recorte, 48,5% dos entrevistados têm avaliação negativa, enquanto 33,2% dizem ter visão positiva. Já 16,9% o consideram regular, e 1,4% não souberam ou não quiseram responder. No quesito aprovação da forma de governar, 52,8% desaprovam a atuação de Lula, contra 42,4% que aprovam. Os que não souberam ou não opinaram somam 4,8%.

Congresso e STF

O levantamento também mediu a percepção da população sobre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). O Legislativo é avaliado como “ruim” ou “péssimo” por 46,4% dos entrevistados, enquanto 29,7% o classificam como “regular” e 18,6% como “bom” ou “ótimo”. Outros 5,1% não souberam ou preferiram não responder. No caso do STF, 44,4% consideram a atuação da Corte “ruim” ou “péssima”, 30,6% a veem como “boa” ou “ótima” – em trajetória de alta desde junho – e 20% a classificam como “regular”. Todas as variações ocorreram dentro da margem de erro da pesquisa.

De acordo com o diretor técnico e fundador da Futura Inteligência, José Luiz Soares Orrico, as três instituições – Presidência da República, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal – continuam mal avaliadas pela população. “As variações observadas refletem sobretudo uma migração de eleitores que antes classificavam como regular e passaram a avaliar como ótimo ou bom. Ainda assim, todas as instituições mantêm índices negativos superiores, que vêm se repetindo há vários meses, sempre dentro da margem de erro”, afirmou.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas telefônicas assistidas por computador com 2.000 eleitores brasileiros de 16 anos ou mais, entre os dias 9 e 15 de setembro de 2025. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e índice de confiança de 95%.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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