Atlético quebra invencibilidade do Real Madrid e impede Xabi de superar recorde de Luxemburgo


Invicto e com 100% de aproveitamento até aqui, o Real Madrid viu sua sequência ser destruída neste sábado, diante do Atlético de Madrid, no dérbi da capital espanhola. Em jogo movimentado e com sete gols, os comandados de Diego Simeone dominam e vencem por 5 a 2 e encerram a sequência positiva de Xabi Alonso desde o início de La Liga (Campeonato Espanhol).

A vitória poderia fazer o técnico espanhol igualar Vanderlei Luxemburgo como os únicos treinadores a vencerem sete partidas consecutivas no Campeonato Espanhol em sua temporada de estreia. O brasileiro esteve no comando dos Galácticos, de Zinedine Zidane, Luís Figo e Ronaldo Fenômeno, entre janeiro e dezembro de 2005. O feito foi conquistado na temporada 2005/2006.

O resultado faz com que o Barcelona possa assumir a liderança de La Liga neste domingo, quando encara a Real Sociedad. Já o Atlético de Madrid, que impõe a primeira derrota de Xabi em um clássico à frente do Real Madrid, entra no G-4 e agora fica a seis pontos do rival.

Mais uma vez, Xabi Alonso modificou o esquema tático. Kylian Mbappé, artilheiro de La Liga e intocável no time titular, dividiu o ataque com Jude Bellingham, que foi titular pela primeira vez neste ano, Vinicius Júnior e o turco Arda Güller. Endrick e Rodrygo, por sua vez, iniciaram o duelo no banco. Depois de ser banco em algumas oportunidades nesta temporada, Vini passa a ganhar mais oportunidades.

Em casa, o Atlético de Madrid começou melhor na partida, com pressão sobre a defesa do Real Madrid. Logo aos 15 minutos, chegou ao primeiro gol no Wanda Metropolitano, com Robin Le Normand. E pelo desempenho, dava indícios de que teria melhor sorte no clássico, em comparação aos últimos encontros entre as equipes.

Arda Güller, jovem estrela turca e que ganhou mais espaço desde que Xabi Alonso chegou ao comando técnico, mudou o panorama do jogo, em dois lances. Primeiro, com assistência precisa para Kylian Mbappé, pela ponta-direita, vencer Oblak, na primeira finalização do Real Madrid; na segunda, depois de grande jogada de Vini Jr. pela esquerda, finalizou de primeira, da entrada da área, para virar o jogo.

Essas foram as duas únicas finalizações a gol da equipe de Xabi Alonso no primeiro tempo, mas que foram o suficiente para recolocar o Real Madrid na partida. Em determinado momento, o Atlético chegou a ter seis finalizações, contra nenhuma do maior rival.

Ainda cabia mais emoção nos primeiros 45 minutos, e o Atlético, que não baixou o nível mesmo depois de ficar atrás do placar, chegou duas vezes à rede – mas com apenas um gol validado. Em jogadas aéreas, principal valência do time de Diego Simeone na primeira etapa, Lenglet empurrou a bola com o braço, em lance que foi revisado e anulado pelo VAR, e depois com Sortloth e seus mais de 1,94m, este segundo para empatar a partida.

Se no primeiro tempo Arda Güller foi o homem que mudou a postura do Real Madrid, Julián Álvarez foi o responsável por converter as chances do Atlético. Assim como na etapa inicial, os donos da casa dominaram o rival em campo. Com um gol de pênalti e outro de falta, vencendo Thibaut Courtois. Esse início foi fundamental para manter a superioridade do Atlético em campo.

Aos 18 minutos, Atlético voltava a vencer, por dois gols de diferença. Os gols do argentino fizeram Simeone entrar em êxtase no banco de reservas e pulsar o Metropolitano. Do outro lado, Xabi Alonso, que contou com o turco para modificar a postura do Real, não tinha armas para combater o rival, já que optou pela saída do meio-campista do início da segunda etapa.

Franco Mastantuono e Rodrygo entraram para tentar dar mais volume no ataque merengue, que teve sua primeira finalização no segundo tempo já próximo dos 25 minutos. O Real manteve mais a bola, mas continuou sendo inoperante no setor ofensivo. A reta final também contou com um estádio inflamado e discussões acaloradas de Vini Jr. com Koke em campo.

Nos acréscimos, para selar o resultado, a goleada e a festa do torcedor, Antoine Griezmann bateu Courtois, na saída do goleiro, para marcar seu primeiro gol em 22 jogos. O atacante francês foi uma das últimas peças de Simeone a entrar em campo, para manter o aspecto ofensivo da equipe. E mostrou que a decisão do técnico argentino foi acertada.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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