Após formação do União Progressista, Ciro Nogueira diz ser constrangedor integrar governo Lula


Após a formalização da federação entre União Brasil e Progressistas (PP), a União Progressista, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), defendeu nesta terça-feira, 19, o desembarque do governo Lula “o mais rápido possível”. O grupo ainda não apresenta consenso sobre a decisão.

“O que nos constrange hoje é a presença de membros do nosso partido com cargos no governo. E isso eu defendo que seja proibido, terminantemente. Mas isso tem que ser uma deliberação dos dois partidos. Se dependesse de mim, o Fufuca não teria nem entrado”, disse o ministro do Esporte, André Fufuca, filiado ao PP.

Fufuca não quis comentar sobre a pressão para deixar o cargo e disse que está com Lula: “Meu voto pessoal é dele (Lula)”.

Também presente no evento estava o ministro do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil. Na segunda-feira, 18, Sabino afirmou que há “muitas pessoas” da legenda favoráveis aos “grandes números” apresentados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele também afirmou que qualquer decisão sobre desembarque será deliberada de forma coletiva, em encontros da executiva e das bancadas no Legislativo, “como qualquer partido político democrático”.

Além de Fufuca e Sabino, a federação tem os ministros Waldez Góes, da Integração, e Frederico de Siqueira, da Comunicação, ambos indicados pelo União Brasil. No entanto, integrantes da sigla defendem que eles foram indicações pessoais do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP).

Alcolumbre, por sua vez, usou um tom conciliador ao falar sobre o assunto, dizendo que a União Progressista não é nem governo nem oposição. “Não é um movimento de oposição e situação. Foi um movimento de política com ‘P’ maiúsculo com o olhar voltado para o futuro do Brasil”, disse.

O evento de formalização da federação foi marcado por cobranças pelo desembarque dos partidos do governo, defendida também pelo governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, Ronaldo Caiado (União).

“Não podemos mais ficar sendo entrevistados e as pessoas perguntando: ‘Você é do governo ou é oposição?’. O partido tem que ter lado, tem que ter rumo, tem que ter posição clara”, afirmou.

A federação União Progressista terá a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 109 cadeiras, e no Senado Federal, com 15.

O grupo também terá o maior número de governadores, sete no total, e de prefeitos eleitos em 2024: 1.383. Será deles a maior fatia do fundo eleitoral (R$ 953,8 milhões, segundo valores de 2024) e do fundo partidário (R$ 197,6 milhões).



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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