Ana Marcela Cunha fica em 6º nos 10km no Mundial e critica calor e qualidade da água


Ainda não foi desta vez que Ana Marcela Cunha conquistou a sonhada medalha de ouro na prova de 10 km de águas abertas. No Mundial de Esportes Aquáticos de Cingapura, na madrugada desta quarta-feira, a campeã olímpica terminou em sexto lugar, sem deixar de criticar o calor e a qualidade da água de Palawan Beach, onde foi disputada a prova.

Campeã olímpica em Tóquio, em 2021, nesta distância, Ana Marcela obteve o sexto lugar, com o tempo de 2h09min21s90. A brasileira buscava o único ouro que falta em sua coleção. Ela já foi campeã mundial nas provas de 5km e 25km. Nos 10km, ela já foi prata em Barcelona-2013 e bronze em três edições do Mundial (Kazan-2015, Budapeste-2017 e Budapeste-2022).

No total, Ana Marcela sonha incríveis 17 medalhas na competição. “Estou contente e orgulhosa da minha prova e da minha trajetória, desde 2006. São quase 20 anos brigando por medalhas em Mundiais.” Viviane Jungblut, outra brasileira na disputa, terminou na 17ª colocação (2h14min17s40).

A prova com a distância mais tradicional das águas abertas (antes chamada de maratona aquática) enfrentou problemas desde o início da semana, devido à poluição em Sentosa. A disputa foi adiada por duas vezes em meio ao forte calor de Cingapura nesta época do ano. Os termômetros chegaram a marcar 31ºC, temperatura elevada para competições de alto nível.

“Quando eu bati (no pórtico), foi um alívio. Estamos há 36 horas esperando essa prova. Parece até uma brincadeira com os próprios atletas. Primeiro, a preocupação era com o calor, com a água quente. Depois, do nada, uma água com qualidade a desejar. Lógico que não nos importamos com isso, mas foi toda uma preparação feita para todo mundo igual.”

Aos 33 anos, Ana Marcela evita falar em aposentadoria. Perguntas sobre o fim de sua carreira se tornaram comuns nos últimos anos, desde antes da Olimpíada de Paris-2024. A brasileira, contudo, se esquiva de apontar datas e fazer previsões.

“A gente treina e faz tudo para que seja uma prova em que a gente busque o primeiro lugar. Sempre foi um sonho ganhar essa medalha de ouro nos 10km. Ainda não foi. Não sabemos se teremos uma outra chance”, comentou, nesta quarta. “Um sexto lugar não deixa de ser um bom resultado. Sei que a torcida é grande e espera muito mais da gente. Mas estou feliz.”

A prova desta quarta também foi marcada por desistências ao longo das disputas, tanto no feminino quanto no masculino. O Brasil foi representado também por Luiz Felipe Loureiro, que obteve o 20º lugar (2h03min34s20). Matheus Melecchi terminou na 28ª colocação (2h03min34s20).

VITÓRIA HISTÓRICA

Também nesta quarta, a seleção brasileira masculina de polo aquático fez bonito no Mundial. O time obteve resultado histórico ao superar o Canadá por 19 a 18, pela terceira rodada do Grupo C e garantiu um lugar na próxima fase da competição. Lucas Andrade foi o destaque da partida com oito gols.

O duelo foi marcado pela emoção até o fim. O Brasil perdia o jogo até os segundos finais, quando buscou uma incrível reação, buscou o empate em 11 a 11 e forçou a disputa dos pênaltis. Nos lances decisivos, o time nacional converteu oito cobranças, contra sete dos canadenses e sacramentou a vitória.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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