Amor de uma vida: Casal de Goianésia celebra 60 anos de união com cartas guardadas desde o namoro

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Imagens: TV Meganésia

Em tempos de amores líquidos e relações passageiras, o casal Maria Bromídia Martins, de 78 anos, e Antônio Martins Filho, de 86, mostra que o amor verdadeiro resiste ao tempo. Naturais de Goianésia e Minas Gerais, respectivamente, eles se casaram em 24 de julho de 1965. Nesta quinta-feira, 24, celebram Bodas de Diamante – nada menos que 60 anos de casamento.

A reportagem foi até a casa dos dois, que vivem em Goianésia, e foi recebida com sorrisos, carinho e muitas memórias. Entre elas, um tesouro raro nos dias de hoje: cartas escritas à mão por Antônio durante o período de namoro, todas cuidadosamente guardadas por Dona Maria.

“Eu pedi a Deus um homem louro, de olhos azuis, que fosse bom para mim e para os filhos. E Ele me deu exatamente o que eu pedi”, contou emocionada Maria.

Segundo o casal, bastaram cinco encontros para selarem a união que dura até hoje. E eles têm orgulho de dizer que sempre viveram com respeito mútuo, decisões compartilhadas e muito diálogo. Dona Maria faz questão de reforçar:

“Não tem essa de um mandar mais que o outro. Os dois mandam juntos. A gente escuta um ao outro, e isso faz toda a diferença.”

Seu Antônio, que durante a vida trabalhou com leite e criação de gado, também relembrou momentos difíceis com simplicidade e alegria. “Tirava 200 litros de leite por dia, mas ela sempre me ajudava, cuidava da casa, das filhas e ainda preparava o café”, recordou, orgulhoso.

A história dos dois emociona pela leveza e cumplicidade. Quando perguntados sobre o segredo para um casamento tão duradouro, são unânimes: amor, paciência e respeito.

“O amor é no coração, não é na aparência. Não é só na paixão. Tem que ser verdadeiro”, aconselha Maria.
“Se der briguinha, não larga. Fica. Não tem esse negócio de descartar, não”, completa Antônio.

Ao longo das seis décadas de união, o casal teve quatro filhas, netos e bisnetos. E encerram a entrevista com a promessa mais doce de todas:

“Quando eu morrer, eu levo ele comigo. Ele é meu. Não deixo para ninguém”, diz Maria, arrancando risadas e um beijo apaixonado do marido.

A história desse casal é uma verdadeira lição de amor para gerações que crescem num mundo de amores instantâneos. Em Goianésia, o tempo pode até passar, mas os sentimentos mais puros permanecem intactos.

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