Alunos da PUC-SP acusados de racismo são suspensos por 30 dias


Quatro estudantes de Direito da PUC-SP, flagrados proferindo xingamentos racistas durante um evento universitário no ano passado, serão suspenso pela instituição por 30 dias. A punição foi comunicada ao alunos nesta sexta-feira, 6, e determinada após uma investigação interna da universidade.

O afastamento deverá ser cumprido a partir de agosto, e os estudantes também deverão obrigatoriamente cumprir medidas socioeducativas, como se matricular em disciplinas voltadas aos Direitos Humanos e Direito e Enfrentamento à Intolerância Racial, informou ao Estadão, o professor Vidal Serrano, diretor da Faculdade de Direito da PUC-SP.

A identidade dos alunos não foi informada e, por isso, não foi possível localizar as respectivas defesas.

O caso aconteceu em novembro de 2024, durantes os Jogos Jurídicos realizados em Americana, no interior do Estado. Durante uma partida de handebol entre a PUC-SP e Universidade de São Paulo (USP), os estudantes puquianos foram filmados ofendendo os alunos da USP.

Nas imagens, que circularam nas redes sociais na época, é possível ver um integrante da torcida da PUC-SP gritando a palavra “cotista” aos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Outros envolvidos usam a palavra “pobre”, e uma menina chega a fazer gestos obscenos contra os uspianos.

Na ocasião, a organização dos jogos, em conjunto com as instituições participantes, decidiu banir a torcida da PUC-SP até o restante das competições.

“Após amplo processo de escuta e responsabilização, foi determinada a suspensão de 30 dias dos estudantes envolvidos, além da exigência de participação, durante um ano, em cursos ou disciplinas sobre igualdade racial, justiça social e direitos humanos”, informou a Reitoria da PUC-SP, em nota divulgada nas redes sociais.

Por meio da nova gestão empossada no final do ano passado, a universidade explicou que as sanções devem ter um caráter pedagógico, e não apenas punitivo.

“O Núcleo de Mediação e Justiça Restaurativa, criado nesta gestão pela Reitoria, oferece um caminho para lidar com violações de conduta, bullying, discriminação e outros conflitos de forma mais construtiva do que apenas por meio de processos disciplinares punitivos tradicionais”, informa.

A PUC-SP aproveitou ainda para informar, no comunicado, que o episódio levou a instituição a criar um Código de Conduta específico para eventos estudantis e esportivos.

“A iniciativa busca garantir que, que o ambiente universitário seja cada vez mais seguro, plural e comprometido com os princípios democráticos e direitos fundamentais”, diz a nota.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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