Alpine confirma entrada de Colapinto no lugar de Doohan por cinco GPs na F-1


A Alpine confirmou nesta quarta-feira que dará uma chance ao argentino Franco Colapinto como seu piloto titular durante cinco etapas da temporada da Fórmula 1. Ele vai substituir o australiano Jack Doohan, que não vem correspondendo às expectativas em seu ano de estreia na categoria. A equipe, comandada agora pelo controverso Flavio Briatore, anunciou que fará um rodízio de pilotos, mantendo o francês Pierre Gasly como titular fixo.

Colapinto vai estrear na Alpine já na próxima etapa, o GP de Emilia-Romagna, na Itália, entre os dias 16 e 18 de maio. Depois defenderá a equipe no tradicional GP de Mônaco, na Espanha, no Canadá e na Áustria. Ao fim deste período, a direção da Alpine fará “nova avaliação” sobre o desempenho do argentino, que poderá ser mantido no cockpit ou trocado por Doohan.

A troca de Doohan por Colapinto já era esperada desde a semana passada, quando rumores no paddock do GP de Miami apontavam para o retorno do argentino ao grid. Ele fez sua estreia como titular no ano passado, pela Williams, ao também substituir um titular no decorrer do campeonato, o americano Logan Sargean. Colapinto se tornou o primeiro argentino na F-1 desde 2001 e alcançou cinco pontos.

A boa performance mesmo num curto intervalo na F-1 chamou a atenção das equipes. Apesar disso, o argentino não conseguiu uma vaga de titular para 2025. Nas últimas semanas, porém, seu nome voltou a ganhar força na categoria, culminando no anúncio do piloto, que completará 22 anos no fim do mês.

“Depois de analisar as primeiras corridas da temporada, tomamos a decisão de colocar Franco no carro ao lado de Pierre nas próximas cinco corridas. Com a concorrência tão acirrada este ano e com um carro competitivo, que a equipe melhorou drasticamente nos últimos 12 meses, estamos em uma posição em que vemos a necessidade de alternar nossa formação”, disse Briatore, já projetando a temporada 2026, quando a F-1 passará por grande mudança estrutural em seus motores.

“Sabemos que a temporada 2026 será importante para a equipe e fazer uma avaliação completa e justa dos pilotos nesta temporada é a coisa certa a fazer para maximizar nossas ambições no próximo ano. Continuamos a apoiar Jack na equipe, pois ele tem agido de forma muito profissional em sua função de piloto de corrida até agora nesta temporada. As próximas cinco corridas nos darão a oportunidade de tentar algo diferente e, após esse período, avaliaremos nossas opções.”

Feliz pelo anúncio, Colapinto garantiu estar pronto para passar por esse período de avaliação. “Eu me mantive atento e estou o mais preparado possível com o programa de testes de apoio à corrida da equipe, assim como no simulador em Enstone (onde se localiza a fábrica da equipe). Farei o meu melhor para acelerar rapidamente e dar tudo de mim para obter os melhores resultados possíveis ao lado de Pierre.”

Com a decisão da Alpine, Doohan segue fazendo parte do time, como reserva imediato dos titulares. Em comunicado da equipe, o australiano de 22 anos lamentou a decisão. “Serei eternamente grato à equipe por me ajudar a realizar esse sonho. Obviamente, este último capítulo é difícil para mim porque, como piloto profissional, naturalmente quero estar correndo”, declarou. “Por enquanto, vou manter a cabeça baixa, continuar trabalhando duro, assistir com interesse às próximas cinco corridas e continuar perseguindo meus próprios objetivos pessoais.”

MUDANÇA NO COMANDO

A alteração no cockpit não foi a única na equipe de origem francesa nesta semana. A troca de pilotos foi precedida por uma mudança ainda mais importante e simbólica para a F-1. Flavio Briatore, mais conhecido por ter sido um dos pivôs do Cingapuragate, em 2008, se tornou o novo chefe da Alpine.

Ele vai substituir Oliver Oakes, que deixou a equipe justamente na terça, véspera do aguardado anúncio sobre a troca de pilotos. A Alpine não entrou em detalhes sobre a causa da saída de Oakes. Com a partida do gestor, Briatore acumulou a função de chefe. Ele vai seguir na função de conselheiro executivo, cargo que ocupava desde junho de 2024.

Briatore é conhecido no mundo da F-1 desde a década de 90, principalmente pelos primeiros títulos de Michael Schumacher na categoria, pela Benetton, então comandada pelo italiano. Em 2008, o dirigente, no comando da Renault, que viria a se tornar a Alpine atualmente, ordenou ao brasileiro Nelsinho Piquet que batesse de propósito no GP de Cingapura para beneficiar o companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso.

A estratégia condenável prejudicou diretamente Felipe Massa na briga por aquele título – e rendeu desde o ano passado um processo na Justiça na tentativa de ser reconhecido como campeão de 2008. Briatore foi punido pela decisão, passou anos afastado da F-1, mas voltou a se aproximar da categoria após a pandemia de covid-19. E agora voltou a exercer a função de chefe de equipe.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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