Alimentos afetados por tarifaço de Trump poderão ir para merenda escolar no Brasil


O governo Lula autorizou a compra direta de produtos afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos. Os alimentos incluídos nessa lista, segundo planejado pela gestão petista, poderão ser destinados para reforçar a merenda escolar na rede pública de ensino de Estados e municípios que se interessarem pela aquisição.

Os alimentos podem ser destinados também a hospitais e para as Forças Armadas. Nesta segunda-feira, 25, o Ministério de Desenvolvimento Agrário deve anunciar novos detalhes sobre como o sistema de compra especial poderá funcionar.

A regulamentação foi publicada em portaria interministerial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e do Ministério da Agricultura, em edição extra no Diário Oficial da União, na sexta-feira, 22.

A portaria prevê que poderão ser adquiridos via compras governamentais flexibilizadas:

– açaí (fruta, purês e preparações)

– água de coco

– castanha de caju (frutas de casca rija ou sem casca, sucos e extratos vegetais)

– castanha do Brasil (castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca)

– manga (fresca ou seca)

– mel

– pescados (como corvina, pargo, tilápia e outros)

– uva fresca

A flexibilização das compras governamentais foi autorizada no âmbito da Medida Provisória nº 1.309/2025, que estabelece um plano de contingência para setores afetados pelo tarifaço. A MP autoriza excepcionalmente que poderão ser adquiridos pela União, Estados e municípios gêneros alimentícios que deixaram de ser exportados em virtude da imposição de tarifas adicionais dos Estados Unidos.

A aquisição excepcional dos gêneros alimentícios, prevê a MP, permitirá a contratação direta com dispensa de licitação, admitirá a apresentação simplificada de termo de referência e dispensará a elaboração de estudos técnicos preliminares.

A portaria dispõe que os procedimentos são excepcionais e de caráter emergencial referentes às compras públicas de alimentos em atendimento exclusivo a produtores e pessoas jurídicas exportadoras afetadas pelas sobretaxa de importação aplicada pelos EUA.

Para habilitação à venda dos produtos para as compras governamentais flexibilizadas, os exportadores deverão apresentar declaração de perda na exportação do produto e pelo menos uma declaração única de exportação para os Estados Unidos do produto alvo de aquisição excepcional, a partir de janeiro de 2023.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Abrafarma reitera posição contrária à venda de medicamaentes em marketplace

A Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) reiterou nesta sexta-feira, 10, sua posição contrária…

4 minutos ago

STJ confirma condenação de Fernando Cury por importunação sexual e o torna inelegível

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a condenação do ex-deputado estadual Fernando Cury (União…

7 minutos ago

PCGO autua em flagrante autor de furto de energia elétrica em propriedade rural de Niquelândia – Policia Civil do Estado de Goiás

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc)…

11 minutos ago

Presidente do BNDES defende retomar combate a negacionismo climático

É preciso retomar o combate ao negacionismo climático, disse nesta sexta-feira, 10, o presidente do…

13 minutos ago

Abrafarma reitera posição contrária à venda de medicamentos em marketplace

A matéria divulgada anteriormente saiu com um erro de edição no título. Segue a repetição…

14 minutos ago

Entidades pressionam Lula por indicação de mulher ao STF após aposentadoria de Barroso

Com o anúncio da aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso,…

17 minutos ago

This website uses cookies.