‘Ainda Estou Aqui’ é eleito Melhor Filme Ibero-Americano em premiação chilena


O filme Ainda Estou Aqui segue tendo uma carreira premiada, mais de um ano após sua estreia no Festival de Veneza de 2024. Neste sábado, 27, o longa recebeu o Prêmio Lihuén de Melhor Filme Ibero-americano, concedido pela primeira vez pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile.

Este foi o 66º prêmio do filme, que rendeu ao Brasil o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional do País. Maria Carlota Bruno, produtora do filme, participou da cerimônia e recebeu o prêmio em nome de toda a equipe. “Este reconhecimento é ainda mais especial por se tratar da primeira edição de um prêmio que celebra o cinema falado em português e em espanhol, línguas que compartilham uma história de resistência e criatividade”, disse.

Ela prosseguiu: “Descobri que Lihuén significa ‘luz’ em língua mapuche. Que bonito que Ainda Estou Aqui receba um prêmio com esse nome, pois o filme busca iluminar a história de Eunice Paiva e sua família, e, através dela, a de tantas famílias que sofreram na ditadura. Que essa luz nos acompanhe sempre para seguir contando e compartilhando nossas histórias”.

O diretor Walter Salles também comemorou a honraria, por meio de comunicado oficial. “O prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano da Academia de Cinema do Chile é uma alegria para toda a família de Ainda Estou Aqui,/i>, pela admiração que temos pelo cinema chileno e por como ele tratou dos temas da memória e da resistência”, afirmou.

“Filmes como Nostalgia da Luz do mestre Patrizio Guzmán, Machuca de Andrés Wood, Post Mortem e No de Pablo Larraín foram importantes para nos ajudar a pensar essas questões”, continuou. “O Chile viveu uma das ditaduras mais sangrentas dos anos 70 e 80, e soube processar mais de 1.500 militares que haviam cometido torturas e assassinatos. A justiça chilena também soube determinar que a lei da Anistia não valia para crimes de lesa-humanidade, e isso foi exemplar. Finalmente, centros como o Museu da Memória e dos Direitos Humanos revelam a importância simbólica da luta contra o esquecimento. Por isso tudo, este é um prêmio muito especial para o filme.”

Ainda Estou Aqui acompanha o drama da família Paiva depois que Rubens Paiva é levado por militares a paisana e desaparece. Eunice Paiva, cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e para seus filhos. O filme foi baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, um dos cinco filhos do casal.



Por:Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Tarot semanal: previsão para os signos de 17 a 23 de novembro de 2025

A semana, conforme as cartas do tarot, mostrará um movimento de transformação interna e amadurecimento…

2 horas ago

Horóscopo do dia: previsão para os 12 signos em 16/11/2025

Neste domingo, as energias celestes formarão um cenário que despertará diferentes movimentos internos, incentivando cada…

8 horas ago

Flamengo goleia Sport e assume liderança do Campeonato Brasileiro

O Flamengo goleou o Sport por 5 a 1, na noite deste sábado (15) na…

9 horas ago

Morre o médico Celso de Barros, ex-presidente da Unimed

Morreu neste sábado (15), no Rio, vítima de infarto, o médico pediatra Celso Barros, 73…

10 horas ago

Ancelotti diz que Brasil fez um jogo muito bonito diante de Senegal

O italiano Carlo Ancelotti elogiou a atuação da seleção brasileira na vitória de 2 a…

10 horas ago

Impulsionado pelo agronegócio e indústria, PIB de Goiás cresce 4,8% em 2023 e supera média nacional – Portal Goiás

Agropecuária foi destaque com alta expressiva de 15,1% (Fotos: SGG) O Produto Interno Bruto (PIB) de…

11 horas ago

This website uses cookies.