O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigiu aos empresários Joesley e Wesley Batista e os cumprimentou, na Malásia, horas depois de sua reunião com o presidente americano, Donald Trump. Eles tiveram uma breve conversa.
O presidente havia acabado de discursar a empresários brasileiros e malaios, em fórum empresarial, no hotel Renaissance, em Kuala Lumpur. Ao deixar o auditório, Lula se dirigiu a um grupo de empresários e funcionários da Apex Brasil, que o aplaudiram.
Em seguida, o presidente caminhou em direção aos donos da J&F, que inclui a JBS, maior empresa de proteína animal do mundo, e conversou com eles. A empresa mandou para o comitê de inauguração presidencial de Trump US$ 5 milhões – uma doação pós-campanha.
O Estadão flagrou o encontro breve e a conversa ao pé do ouvido, embora seguranças tenham tentado impedir o registro e se colocado na frente.
Joesley disse depois que o presidente trata bem a todos. O empresário atuou diretamente na diplomacia empresarial que destravou os contatos entre Lula e Trump.
Ele disse à reportagem que foi “falar bem do Brasil” a Trump, porque, segundo ele, “infelizmente, tem outros que não fazem”, como mostrou o Estadão.
Ele também manteve e intermediou outros contatos com autoridades do governo Trump. Dois de seus interlocutores foram Susie Wiles, chefe de gabinete de Trump, e Richard Grenell, enviado especial do presidente. O empresário evitou detalhar as conversas.
Joesley também estava em Nova York quando Lula e Trump interagiram pela primeira vez, nos bastidores da ONU, e se reuniu nos mesmos dias da semana de alto nível das Nações Unidas com Richard Grenell, o enviado Missões Especiais de Trump, a quem havia conhecido antes, e que foi peça-chave na aproximação com Lula.
Como o Estadão revelou, Grenell fez uma missão secreta ao Rio de Janeiro e manteve contatos reservados com os principais nomes da diplomacia brasileira: o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial Celso Amorim.
Por: Estadão Conteúdo








