O governo da Lituânia decidiu fechar a fronteira com a Belarus em resposta a repetidas interrupções no tráfego aéreo do aeroporto da capital, Vilnius, causadas por balões de contrabando. A primeira-ministra, Ingrida Simonyte, confirmou que votará nesta quarta-feira, 29, pela implementação indefinida do bloqueio para conter as constantes violações do espaço aéreo lituano.
A crise começou quando balões usados para contrabando de cigarros forçaram a paralisação das operações aéreas por três noites consecutivas, causando cancelamentos, desvios e atrasos no fim de semana. O aeroporto de Kaunas, mais distante da divisa, também registrou impactos, com voos sendo redirecionados. As duas principais passagens de fronteira, em Medininkai e Salcininkai, foram fechadas por várias horas como medida de segurança imediata.
Simonyte adiantou que um projeto para o fechamento prolongado já está elaborado, prevendo exceções para diplomatas, mala diplomática e cidadãos lituanos e da União Europeia que necessitem retornar do território vizinho.
A Lituânia, país-membro da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), faz fronteira com o enclave russo de Kaliningrado e com a Belarus, aliada de Moscou. A medida elevou as tensões diplomáticas na região.
O chanceler da Belarus, Maxim Ryzhenkov, denunciou o fechamento como provocação, acusando “gangues organizadas de lituanos” pelo contrabando e afirmando que não recebeu nenhuma nota diplomática. Ele revelou ter discutido o assunto com o presidente Alexander Lukashenko, que chamou a atitude de “pura estupidez”.
A líder da oposição belarussa no exílio, Sviatlana Tsikhanouskaya, apoiou a medida lituana, classificando os incidentes como “ferramenta de agressão híbrida” do regime belarusso contra a Europa. “O fechamento das fronteiras é um passo lógico para proteger a segurança”, afirmou. (*Fonte: Associated Press).
Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Por: Estadão Conteúdo









