O ouro fechou em alta e atingiu o nível de US$ 4.300 pela primeira vez na história nesta quinta-feira, 16, dia que marcou sua quinta sessão consecutiva de ganhos. O metal precioso teve impulso de dirigentes do Federal Reserve (Fed) apoiando cortes de juros e da deterioração no sentimento de risco em Nova York. A prata também atingiu preço recorde e renovou máxima de fechamento.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro encerrou em alta de 2,45%, a US$ 4.304,60 por onça-troy, após atingir máxima a US$ 4.314,70. A prata encerrou em alta de 3,73%, a US$ 53,29 por onça-troy, depois de atingir o valor de US$ 53,61 durante a sessão. Ambos renovaram recordes de fechamento.
Os metais preciosos já começaram a sessão desta quinta-feira em alta robusta, conforme investidores assimilavam múltiplos catalisadores de risco. As tensões comerciais entre Estados Unidos e China continuam, enquanto o shutdown do governo americano chega ao seu 16º dia sem sinal de resolução à vista e dirigentes do Federal Reserve (Fed) reforçaram apoio a cortes de juros.
Contudo, os metais ganharam ainda mais força e foram alçados às máximas do dia com a deterioração no sentimento de risco em Nova York no começo da tarde, que também pressionou os rendimentos dos Treasuries e o dólar – ativos que competem pela demanda por segurança.
Para analistas da Sucden Financial, o ouro continua atraindo investidores, servindo como um “porto seguro em tempos de incerteza política e macroeconômica”. Já Ahmad Assiri, estrategista da Pepperstone, aponta que traders estão “navegando em uma incerteza a curto prazo” sem a publicação de dados econômicos importantes, adiada por causa do shutdown do governo dos Estados Unidos.
Assim como o ouro, a prata atingiu novo preço recorde e continua crescendo. De acordo com análise da Sucden Financial, o metal tem um papel duplo como metal de investimento e também, mas “parece presa em uma onda especulativa que pode se mostrar mais volátil e menos durável”.
*Com informações de Dow Jones Newswires.
Por: Estadão Conteúdo