Deputados pedem que Motta acione PF contra grampos ilegais

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Os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Rubens Pereira Junior (PT-MA) afirmam estar na mira de grampos ilegais da Polícia Civil do Maranhão. A denúncia está presente em um ofício enviado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta segunda-feira, 13.

No documento, os parlamentares afirmam ter sido informados de que foram gravados no âmbito de um inquérito aberto no Estado e acusam o governador Carlos Brandão (PSB) de utilizar a estrutura do poder público local para perseguir adversários. Eles pedem ainda “pronta e enérgica defesa” e reação por esta “Câmara dos Deputados, em todas as instâncias, políticas e jurídicas”.

“Diante de tais revelações, pede a urgente tomada de providências, inclusive com encaminhamento para a Polícia Federal apurar possível prática de crimes tendo como vítimas parlamentares federais, colocando-nos à disposição”, diz o ofício.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão negou que tenha grampeado os parlamentares ou incluído eles em investigação.

“A Secretária de Segurança Pública do Maranhão esclarece que jamais houve investigação que envolva o deputado federal Márcio Jerry e todos os demais por ele relacionados em recente publicação em rede social. A Polícia Civil informa que não houve investigação, não foram feitas escutas e nem perícias relacionadas aos senhores Márcio Jerry, Rubens Júnior e Diego Galdino, assim como de quem quer seja nesse contexto de utilização da força de segurança pública para fins políticos.”

Ambos os deputados são aliados do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-governador do Maranhão. O magistrado teve Brandão como vice e o colocou na linha sucessória. Mas desentendimentos ocorridos desde 2023 os distanciaram e, agora, eles lideram grupos distantes que disputam o poder. Jerry e Pereira Junior são aliados de Dino e fazem oposição ao governo do Maranhão.

Dias antes de enviar a queixa formal a Motta, Marcio Jerry havia apresentado notícia de fato ao Ministério Público do Maranhão em que denunciou possível uso político do aparato policial e de investigações criminais.



Por: Estadão Conteúdo

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