A Petrobras informou que pretende retomar nos próximos dias a operação da plataforma FPSO Angra dos Reis, com capacidade para produzir 50 mil barris diários de petróleo (bpd), e que está instalada no campo de Tupi, no pré-sal da bacia de Santos. A unidade foi paralisada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por questões de segurança.
“Após concluir as ações solicitadas pela ANP, a Petrobras segue trabalhando para finalizar o processo de retorno seguro da unidade o mais rápido possível e, a depender de condições climáticas, será possível o retorno da produção nos próximos dias”, disse em nota.
A estatal e os parceiros do campo prorrogaram, em janeiro deste ano, o contrato da unidade até 2030. Além da Petrobras, que detém 67% da produção, o consórcio de Tupi tem Shell, com 23%; Petrogal, com 9%; e PPSA, com 0,551%.
Em operação no campo desde outubro de 2010, a plataforma foi o primeiro FPSO de grande capacidade a operar no pré-sal e chegou a ser batizado de Lula, durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O campo voltou a se chamar Tupi durante o governo Jair Bolsonaro, em 2020.
Tupi era o principal campo do pré-sal desde a sua descoberta, mas foi ultrapassado pelo campo de Búzios em agosto deste ano, com 821,8 mil barris de petróleo por dia, contra 780,4 mil barris por dia de Tupi.
A capacidade da FPSO Angra dos Reis é de cerca de 50 mil barris diários de petróleo, bem abaixo das plataformas gigantes de 225 mil bpd que a Petrobras encomendou para o campo de Búzios. A volta da plataforma acontece em um momento em que o petróleo opera abaixo dos US$ 65 o barril.
Por: Estadão Conteúdo