É preciso retomar o combate ao negacionismo climático, disse nesta sexta-feira, 10, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, enfatizando a atuação da instituição na recuperação dos municípios gaúchos. “Temos uma crise climática. Todas as pesquisas científicas relevantes mostram que o processo de aquecimento já extrapolou todas as previsões”, afirmou.
O executivo participou de evento de lançamento do edital do programa Floresta Viva, com R$ 10 milhões para restauro florestal em terras indígenas no Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O chamamento tem apoio do BNDES (50%), Fundação Bunge (40%) e Agrícola Alvorada (10%).
Este é o 12º edital lançado no âmbito do Floresta Viva, que no total já mobilizou R$ 358 milhões por meio dos certames lançados e mais de 80 projetos aprovados ou em vias de aprovação. Estes recursos irão viabilizar a restauração de mais de 15 mil hectares de áreas degradadas em biomas brasileiros.
Na abertura do evento, Mercadante destacou três pilares em que o BNDES está se apoiando. O primeiro é o aporte em “equity”, ou seja, compra de participações em empresas. “O BNDES foi traumatizado por um lawfare guerra jurídica que nós tivemos no passado recente. Praticamente resolvemos quase todos os processos que eram pendentes em relação a funcionários”, disse. “A nossa transparência é a forma de responder às críticas aos gestores.”
O segundo eixo é o da certificação de carbono e o terceiro é o da inteligência artificial. “Hoje temos tecnologias para pesquisa genética na floresta. Temos equipamentos e precisamos sedimentar um banco de dados da biodiversidade.”
Por: Estadão Conteúdo