O novo primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, nomeou seu governo neste domingo, 05, trazendo de volta o ex-ministro das Finanças, Bruno Le Maire, para o Ministério da Defesa. Le Maire será responsável por supervisionar o apoio militar francês à Ucrânia e enfrentar as ameaças à segurança europeia, representadas pela Rússia. Roland Lescure assume o Ministério das Finanças, em meio a preocupações com o crescente déficit e a dívida pública francesa.
Outros ministros importantes permanecem nos cargos, segundo anúncio do gabinete do presidente Emmanuel Macron: Bruno Retailleau continua à frente do Ministério do Interior, Jean-Noël Barrot mantém as Relações Exteriores e Gérald Darmanin segue no Ministério da Justiça.
O governo de Lecornu é minoritário, sem maioria estável no Parlamento, e enfrenta forte oposição. A esquerda, na Assembleia Nacional, tenta derrubá-lo com um voto de desconfiança, enquanto a extrema direita, representada pela União Nacional de Marine Le Pen, pressiona por eleições legislativas antecipadas.
Instabilidade política
Lecornu, aliado próximo de Macron, foi promovido a primeiro-ministro no mês passado, tornando-se o quarto no cargo em um ano. Seu antecessor foi deposto em um parlamento dividido, em meio à turbulência gerada pelos cortes de gastos.
A instabilidade política prolongada complica a elaboração do orçamento e enfraquece a posição de Macron, enquanto a França enfrenta desafios internacionais, incluindo os conflitos na Ucrânia e em Gaza, além de mudanças nas prioridades do governo dos EUA.
O impasse político decorre da decisão de Macron de dissolver a Assembleia Nacional em junho de 2024, ação que desencadeou eleições legislativas frustradas, produzindo uma legislatura fragmentada e sem um bloco político dominante.
Prova dos 9
Lecornu terá um teste crucial na próxima terça-feira, quando apresentará na Assembleia Nacional os planos de seu governo e do orçamento para o próximo ano. Ele afirmou que não usará poderes constitucionais para aprovar o orçamento sem votação, optando por buscar acordo com legisladores da esquerda e da direita.
Desde a nomeação do novo primeiro-ministro, sindicatos e ativistas realizaram três dias de protestos em todo o país, incluindo um que fechou temporariamente a Torre Eiffel, contra os cortes de gastos previstos em serviços públicos.
*Com informação da Associated Press
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Por: Estadão Conteúdo