O lendário velocista jamaicano Usain Bolt revelou seu lado ‘humano’ em Tóquio, onde acompanha as disputas do Mundial de Atletismo. O ainda recordista mundial dos 100 metros e 200m afirmou, em entrevista ao jornal “The Telegraph”, que tem dificuldades para realizar movimentos corriqueiros.
“Tenho de voltar a correr, porque quando subo as escadas fico sem fôlego. Eu geralmente faço exercícios na academia, mas acho que, depois de começar a treinar a fundo novamente, terei de fazer algumas voltas para regular a minha respiração”, disse o astro, de 1,96 metro e 39 anos, que se apresenta bem mais pesado do que com os 86 quilos da época em que reinava nas pistas.
Aposentado das corridas desde 2017, Bolt revelou, em tom de brincadeira, que sua rotina é levantar cedo para acompanhar os três filhos até a escola. Depois faz exercícios na academia. Bolt tem contratos publicitários e participa de várias campanhas para muitos produtos esportivos pelo mundo.
Perguntado sobre os atletas atuais, o “Relâmpago” não se intimidou e disse que sua geração era mais talentosa. “Você quer a resposta verdadeira? Somos mais talentosos. É isso. As mulheres mais jovens estão surgindo e fazendo tempos melhores. Só pode ser o talento. Os homens daquele tempo eram mais talentosos (que os atuais). Dá para perceber se você analisar.”
Bolt não esconde o orgulho de ver suas marcas mundiais obtidas no Mundial de 2009, em Berlim, na Alemanha, ainda não terem sido superadas. “Foi para isso que trabalhei. Quando eu competia, eu me esforçava para quebrar marcas. Agora que me aposentei, é uma ótima sensação saber que sou uma marca a ser alcançada se você quer ser o melhor ou uma lenda. Queria estabelecer padrões elevados e consegui. Estou feliz com isso.”
Além das oito medalhas de ouro nas Olimpíadas de Pequim/2008, Londres/2012 e Rio/2016, Bolt ainda acumulou mais 14 em Mundiais, sendo 11 de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Por: Estadão Conteúdo