Depois de uma semana de números essencialmente negativos, a Bolsa brasileira registra forte alta nesta sexta-feira, 22, acima dos 2%. O movimento foi deflagrado pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no seminário de Jackson Hole. A leitura praticamente unânime é que o chairman do banco central dos Estados Unidos sinalizou que deve haver um corte de juros em setembro na reunião do comitê de política monetária da instituição. Com isso, o dólar se enfraqueceu, os juros futuros recuaram e as bolsas passaram a disparar em Nova York, contagiando as emergentes, como a brasileira.
“O conjunto de dólar fraco e juros em queda nos EUA abre espaço para revisões nas projeções da taxa Selic dos economistas no Focus, algo que pode acontecer já nas próximas semanas. Uma vez que isso acontecer, o Copom inicia os cortes de juros no país”, afirma o economista André Perfeito. Nesse ambiente, afirma, o investimento em renda variável se mostra mais atrativo aos olhos do investidor de renda fixa, o que justifica o rali das bolsas no final de manhã.
Às 11h55, o Ibovespa tinha 137.319,10 pontos, em alta de 2,11%. Entre as ações que mais se destacam estão justamente as do setor financeiro, as mais penalizadas nos últimos dias. Banco do Brasil ON avançava 3,50% e as units do Santander, 2,60%.
Por: Estadão Conteúdo