Dirigente do Fed diz que não cortaria juros hoje e alerta para início de impacto tarifário

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A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Beth Hammack, afirmou nesta quinta-feira, 21, que, com os dados econômicos atuais do país, optaria por manter a taxa de juros nos níveis atuais na reunião de setembro. A dirigente é integrante suplente do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Segundo Hammack, leva de três a quatro meses para que a economia comece a perceber os efeitos da aplicação de tarifas. “Estamos no começo dessa janela. Estamos começando a ver o impacto das tarifas dos EUA”, declarou, em entrevista ao Yahoo! Finance.

Ela apontou que os preços aos produtores estão subindo, mas que ainda não necessariamente estão sendo repassados aos consumidores.

“Nós não veremos efeito tarifário completo até o próximo ano. Aquela teoria econômica sobre um impacto tarifário único pode não se sustentar”, acrescentou Hammack.

Para a presidente da distrital de Cleveland, a maior preocupação é de que a inflação esteja muito alta e indo para a direção “contrária”. “Nós estamos próximos à meta no lado do emprego, mas não na inflação. A demanda por mão de obra pode estar caindo, mas a oferta também está. Drasticamente.”

Sobre as tensões entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e a diretora do Fed Lisa Cook, Hammack ecoou o discurso de defesa da importância da independência dos bancos centrais. “Eu a conheço Cook muito bem e eu sei de sua alta integridade”, concluiu.



Por: Estadão Conteúdo

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