A Polícia Civil de Goiás prendeu, no início desta semana, Paulo Roberto Tinoco Bonafina, de 59 anos, conhecido nacionalmente como “Don Juan”, por envolvimento em diversos crimes de estelionato amoroso e fraudes financeiras milionárias em várias cidades do Estado. A prisão ocorreu na terça-feira, 05, em Goianésia, e foi seguida do cumprimento de mandados de busca e apreensão na cidade de Ceres, na manhã do dia seguinte.
O investigado utilizava relacionamentos afetivos como ferramenta para atrair e enganar mulheres, além de aplicar golpes financeiros em empresários, prometendo retornos rápidos e altos lucros por meio de supostos investimentos.
De acordo com as investigações, Bonafina apresentava-se como um homem bem-sucedido, prometia casamento e estabilidade financeira às vítimas, e, após conquistar sua confiança, solicitava empréstimos, transferências bancárias e valores em dinheiro. Em um dos casos mais recentes, aproximou-se de uma comerciante e a convenceu, juntamente com o filho dela, a investir mais de R$ 60 mil em uma empresa de fachada que alegava operar no mercado financeiro. Para sustentar a mentira, chegou a simular uma falsa transferência milionária.
As investigações revelaram que o endereço declarado como sede da empresa era, na verdade, o local de residência de uma das vítimas, deixando claro que a empresa jamais existiu.
O histórico criminal de Paulo Roberto é extenso, com registros desde 1983. Ele já foi preso em 2004 e 2016, sempre por crimes semelhantes. Nos anos 1990, ganhou repercussão nacional ao ser mencionado como suposto “laranja” do doleiro PC Farias, envolvido em um esquema de lavagem de milhões de dólares no exterior.
A Polícia Civil afirma que a estrutura criminosa do investigado ainda está ativa e acredita que dezenas de outras vítimas possam reconhecer o suspeito. A orientação é para que qualquer pessoa que tenha sido lesada procure a delegacia mais próxima e registre a ocorrência.
A divulgação da imagem de Paulo Roberto Tinoco Bonafina foi autorizada com base na Lei nº 13.869/2019 e portarias normativas da Polícia Civil, por se tratar de investigação de interesse público e com o objetivo de auxiliar na identificação de outras possíveis vítimas.
