Palmeiras assume ser ‘azarão’ e revê o Chelsea 3 anos depois disposto a dar o troco

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O 4 de julho não é importante apenas para os americanos. Este 4 de julho, especificamente, é bastante decisivo para o Palmeiras. No dia em que os Estados Unidos comemoram 249 anos de sua independência, o time alviverde joga na Filadélfia, berço da democracia americana, um dos jogos mais importantes de sua história.

No Lincoln Financial Field, o Palmeiras decide com o Chelsea quem vai às semifinais do Mundial de Clubes. A bola rola às 22h (de Brasília) para o duelo que opõe brasileiros e ingleses três anos e meio após a decisão do Intercontinental de 2021 – disputado em fevereiro de 2022.

O confronto na Filadélfia é oportunidade para o Palmeiras dar o troco no Chelsea pelo vice do Intercontinental. Muita coisa mudou desde aquela última partida, sobretudo no Chelsea, que trocou até de dono, mas o técnico palmeirense é o mesmo e sua fome de vencer também, diz ele. “Nós vamos fazer o melhor, focar, porque do outro lado tem um grande time, bons jogadores. Nós temos um sonho e vamos lutar por esse sonho. Manter os olhos abertos e lutar ao máximo.”

Como disse há três anos, Abel entende que o Palmeiras é azarão contra os ingleses, apesar de o clube paulista, para ele, funcionar como uma agremiação da Europa. “Vamos ser realistas: o Chelsea vem aqui e compra nosso melhor jogador (Estêvão). O que quer que eu diga mais? Mas isso não invalida que temos armas e ambição, dentro do nosso plano de jogo, da nossa estratégia.”

O embate vai opor o atual e o futuro time de Estêvão, que pode fazer sua despedida do Palmeiras, uma vez que está vendido ao Chelsea. “Todos sabiam que poderia haver esse confronto. Ele vai fazer o que sempre fez, que são as tarefas dele”, resumiu Abel. “Há compromissos que tem que realizar. Depois disso, estará livre para ir ao seu novo clube.”

O desafio, que já era grande, aumentou para o Palmeiras assim que perdeu três de seus quatro titulares da linha defensiva. Murilo está machucado e Gustavo Gómez e Piquerez, suspensos. Micael, Naves e Benedetti disputam uma vaga para ver quem será o parceiro de Bruno Fuchs. Na lateral, o único reserva de Piquerez é Vanderlan. Mas existe a possibilidade de Abel armar a equipe com três zagueiros e fazer improvisos, embora o técnico tenha indicado que vai manter a equipe com uma linha de quatro.

“O nosso capitão tem sido o Gómez, é uma oportunidade para o Fuchs, o Micael, mostrarem sua liderança. É uma oportunidade como equipe de assumirmos, de nos mostrarmos. Na ausência de um, outro se levanta, se mostra, se impõe e lidera”, ressaltou o português.

Time mais ‘chato’ do Mundial para a Fifa, que tem se irritado com as excessivas reclamações durante a competição, sobre o calor e o protocolo de paralisação das partidas, o Chelsea afinou o discurso. Todos os atletas disseram não estar de férias, passeando nos Estados Unidos.

O desfalque do Chelsea é o meio-campista equatoriano Moisés Caicedo, um dos destaques da equipe. Ele está suspenso. Pedro Neto, que era amigo de Diogo Jota, morto nesta quinta-feira em acidente de carro, pode também ser ausência. Ele foi liberado para ir ao velório do português em Portugal. Neto começou sua carreira profissional no Braga justamente sob o comando de Abel Ferreira.

Para o meio-campista Kiernan Dewsbury-Hall, o time inglês precisa ficar atento às principais qualidades da equipe paulista. “Ninguém aqui está ignorando o Palmeiras e vimos times sul-americanos muito fortes neste torneio”, alertou.

O brasileiro João Pedro foi contratado nesta semana, já está nos Estados Unidos e será opção no banco para o técnico Enzo Maresca.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS X CHELSEA

PALMEIRAS – Weverton; Giay, Bruno Fuchs, Micael e Vanderlan; Aníbal Moreno, Richard Ríos e Estêvão; Maurício, Allan e Vitor Roque. Técnico: Abel Ferreira.

CHELSEA – Sanchez; Reece James, Colwill e Adarabioyo; Enzo Fernández, Lavia, Dewsbury-Hall e Cucurella; Pedro Neto (Nkunku), Delap e Cole Palmer. Técnico: Enzo Maresca.

ÁRBITRO – Alireza Faghani (Austrália).

HORÁRIO – 22h (de Brasília).

LOCAL – Lincoln Financial Field, na Filadélfia.



Por: Estadão Conteúdo

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