Férias são tempo de descansar, mas também de aprender. Nesse contexto, o cinema se destaca como um recurso acessível e eficiente para apoiar o aprendizado. Ao transformar informações históricas em narrativas visuais, os filmes facilitam a compreensão de contextos, personagens e conflitos, além de tornar visíveis processos sociais complexos.
Durante o recesso escolar, o aprendizado pode ocorrer de forma mais leve e espontânea. Longe da pressão de provas, horários rígidos e tarefas diárias, as férias se tornam um momento estratégico para revisitar conteúdos estudados. “Sem a cobrança da rotina escolar, o estudante consegue retomar temas importantes com mais liberdade. Esse ambiente favorece uma aprendizagem guiada pelo interesse e pela curiosidade”, explica Leonardo Amorim, professor de Linguagens do Colégio Start Anglo Bilingual School, de São do Rio Preto (SP).
O hábito de assistir a produções audiovisuais de forma crítica também contribui para o desenvolvimento de habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como leitura de imagem, análise de discurso e articulação entre diferentes fontes. “Ao converter informações em narrativas visuais, o cinema fortalece a capacidade de análise e a formação do senso crítico”, complementa Leonardo Amorim.
Além do entretenimento, o cinema é uma ferramenta poderosa para visualizar processos históricos, compreender contextos e refletir sobre diferentes épocas e pontos de vista. Filmes baseados em fatos, produções nacionais e obras que abordam temas como política, sociedade e cultura ampliam habilidades como interpretação, leitura de imagem, senso crítico e construção de argumentos.
“Sem a pressão de provas e prazos, o estudante se conecta ao conhecimento com mais leveza. É um tipo de descanso ativo: relaxa, se diverte e, ao mesmo tempo, aprende”, afirma Ana Paula Aguiar, autora de História, Filosofia e Sociologia do Sistema de Ensino pH.
Pensando nisso, os especialistas selecionaram oito filmes que unem entretenimento, repertório e ótimas oportunidades de estudo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. Confira!
A obra reconstrói, de forma contundente, a experiência da escravidão nos Estados Unidos e suas raízes no racismo estrutural. Para Leonardo Amorim, o filme “é essencial para compreender as bases do racismo e as consequências sociais deixadas por esse período”.
Dirigido pela britânica, Sarah Gavron, o filme retrata a luta das mulheres inglesas pelo direito ao voto, mostrando como transformações políticas exigem organização, coragem e enfrentamento das desigualdades de gênero. Uma obra inspiradora e baseada em fatos.
Considerado um clássico atemporal, o longa oferece uma leitura clara sobre o avanço da industrialização, a mecanização do trabalho e o ritmo acelerado do capitalismo. É uma obra valiosa para entender transformações econômicas e sociais que seguem influenciando o mundo do trabalho.
Dirigido pelo norte-americano Matt Ross, o filme acompanha um pai que cria seis filhos longe da sociedade convencional, em meio à natureza, com um intenso treino físico e intelectual. Quando a família é forçada a retornar ao “mundo real”, surgem conflitos sobre liberdade, educação e os limites de viver fora das normas sociais.
“Ele é uma ótima opção, mesmo que não seja de um fato histórico, pois ele aborda debates fundamentais sobre educação, autonomia, crítica à sociedade de consumo e diferentes modelos de formação. A narrativa dialoga diretamente com temas contemporâneos de Ciências Humanas”, explica Leonardo Amorim.
Ao narrar a criação da bomba atômica, o filme explora dilemas éticos envolvendo ciência, poder e geopolítica. A história fornece subsídios para compreender o contexto da Guerra Fria, os avanços tecnológicos e as tensões internacionais que moldaram o século XX.
Dirigido pelo alemão Wolfgang Becker, o filme conta a história de Alex, que precisa esconder da mãe — fervorosa socialista e recém-saída de um coma — que a Alemanha Oriental acabou de ruir. Para protegê-la, ele recria o mundo socialista dentro de casa, enquanto o país vive a queda do Muro de Berlim e a reunificação alemã.
Inspirado em fatos, o filme aborda os impactos da Ditadura Militar no Brasil, destacando desaparecimentos forçados e o enfrentamento de famílias em busca de justiça. A obra contribui para o entendimento de um período-chave da história recente e levanta discussões sobre memória, democracia e direitos civis.
Animação brasileira dirigida pelo roteirista Luiz Bolognesi, ela atravessa diferentes períodos da história do Brasil, da colonização ao futuro distópico, trazendo reflexões sobre violência estrutural, resistência e heranças coloniais. É uma opção leve, envolvente e visualmente rica para revisar conteúdo do país.
Por Patrícia Buzaid
Fonte: Portal EdiCase
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