8 em cada 10 quilombolas viviam com alguma precariedade no esgotamento ou coleta de lixo


Os cidadãos quilombolas brasileiros vivem em situação de vulnerabilidade consideravelmente superior à média da população do País. Quase oito em cada dez quilombolas conviviam com alguma precariedade no esgotamento sanitário ou coleta de lixo, sendo que 4% viviam sem qualquer acesso a banheiro nem sanitário. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em todo o País, a população quilombola somava 1,330 milhão de pessoas, sendo 38,29% habitantes de áreas urbanas e 61,7% vivendo em áreas rurais. Nos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, 12,63% dos moradores estavam em situação urbana e 87,37% em situação rural.

Em 2022, 78,93% dos quilombolas conviviam com alguma forma de precariedade em relação ao abastecimento de água, à destinação do esgoto ou à coleta de lixo. A pesquisa considera como precariedade a ausência de abastecimento de água canalizada até o domicílio proveniente de rede geral, poço, fonte, nascente ou mina; ausência de destinação do esgoto para rede geral, pluvial ou fossa séptica; e ausência de coleta direta ou indireta por serviço de limpeza. Dentro dos Territórios Quilombolas, a fatia de pessoas habitando em meio a esse tipo de precariedade subia a 90,02%. Em contraste, na média de toda a população brasileira, essa fatia era bem mais baixa, de 27,28%.

Na média nacional, apenas 0,59% da população não tinha banheiro nem sanitário no domicílio, fatia que subia a 4,05% entre os quilombolas. Em todo o País, 9,10% dos brasileiros não tinham coleta direta ou indireta de lixo, proporção que avançava a 48,72% entre os quilombolas.

A taxa de analfabetismo desse grupo era quase o triplo da média nacional. Na média do Brasil, a taxa de analfabetismo foi de 7,00%, mas subiu a 18,99% entre as pessoas quilombolas.

Em áreas urbanas, a cada 92 homens quilombolas foram identificadas 100 mulheres quilombolas. Nas áreas rurais, eram 105 homens para cada 100 mulheres. Metade dos quilombolas tinham até 31 anos de idade, quatro anos a menos que a mediana nacional. Entre a população quilombola, 99,02% das crianças de até cinco anos de idade foram registradas em cartório.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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