8 doenças comuns em filhotes de cachorro e gato

Nos primeiros meses de vida, filhotes de cachorro e gato são naturalmente mais frágeis. O sistema imunológico ainda está em formação, o que os torna mais suscetíveis a infecções, vírus, bactérias e parasitas. Como ainda não completaram o calendário de vacinação e estão em fase de adaptação ao novo ambiente, o risco de adoecer é maior, especialmente se houver contato com outros animais ou locais contaminados. 

Por isso, é essencial conhecer as doenças mais comuns que acometem os filhotes, ficar atento a qualquer sinal de alerta e procurar ajuda veterinária. Alterações no apetite, no comportamento, na respiração ou nas fezes, por exemplo, podem indicar que algo não vai bem. A identificação precoce e o tratamento adequado são fundamentais para garantir o bem-estar, o desenvolvimento saudável e uma vida longa ao pet

Abaixo, confira algumas doenças comuns em filhotes de cachorro e gato: 

1. Cinomose

A cinomose é uma doença viral grave e altamente contagiosa que afeta principalmente filhotes de cachorro, especialmente os não vacinados. O vírus atinge diversos sistemas do organismo, incluindo o respiratório, o digestivo e o neurológico. Os sintomas começam com febre, secreção ocular e nasal, tosse e apatia. Com o avanço da condição, o animal pode apresentar vômito, diarreia, dificuldade para andar, espasmos musculares e até convulsões. 

“O tratamento da cinomose é de suporte, a fim de restabelecer a hidratação, o apetite e controlar alterações neurológicas. Com isso, espera-se reduzir os casos de mortalidade. A cura ocorre apenas se o sistema imunológico do animal for capaz de combater o vírus”, explica a médica-veterinária Bruna Stafoche. A vacinação é a principal forma de prevenção e deve ser iniciada o quanto antes. 

2. Parvovirose

A parvovirose canina é uma das doenças mais temidas entre os tutores de filhotes. Causada por um vírus resistente no ambiente, ela afeta principalmente o sistema gastrointestinal. Os sinais clínicos incluem vômitos intensos, diarreia com sangue, desidratação, apatia e febre alta. O filhote pode perder peso rapidamente e, sem tratamento, corre risco de morte em poucos dias. 

O tratamento é feito com internação, fluidoterapia, antibióticos para evitar infecções secundárias e controle dos sintomas. Como o vírus pode permanecer no ambiente por meses, a prevenção com a vacinação e a higienização adequada dos locais é essencial. 

3. Panleucopenia felina

Também chamada de enterite infecciosa felina, a panleucopenia é causada por um parvovírus que ataca os filhotes de gato. O vírus compromete o sistema digestivo, a medula óssea e as células de defesa, levando a uma queda brusca da imunidade. Os sintomas mais comuns são febre alta, vômitos, diarreia severa, perda de apetite e desidratação. 

A transmissão ocorre por contato direto com fezes ou objetos contaminados. É uma doença de alta mortalidade, principalmente entre os filhotes mais jovens. A vacinação é a medida preventiva mais eficaz, e o tratamento envolve suporte intensivo com fluidos, antibióticos e cuidados contínuos. 

4. Verminoses

Filhotes são frequentemente acometidos por vermes intestinais, que podem ser transmitidos ainda no útero da mãe, pelo leite materno ou por ingestão de ovos e larvas no ambiente. Os principais parasitas são Toxocara canis e Ancylostoma, que provocam sintomas como diarreia, vômitos, barriga inchada, perda de peso, anemia e, em casos mais graves, obstrução intestinal. A presença de vermes nas fezes ou ao redor do ânus é um sinal de alerta. 

O tutor deve seguir a vermifugação regular conforme o protocolo recomendado em atendimento profissional. A frequência do procedimento varia conforme a idade do animal e o risco de exposição a parasitas. 

“Cadelas e gatas prenhas ou lactantes necessitam de protocolos especiais. Nos filhotes, a primeira dose geralmente é administrada a partir dos 30 dias de vida e as aplicações de reforço são repetidas quinzenalmente até a ninhada completar 3 meses. A partir dessa idade, já pode ser feita mensalmente até os 6 meses. Os pets adultos podem ser medicados a cada 3 a 6 meses”, ressalta o médico-veterinário Pedro Risolia, da Petlove. 

A giardíase é uma infecção que pode causar perda de apetite nos filhotes de cachorro e gato (Imagem: Ermolaev Alexander | Shutterstock)

5. Giardíase

A giardíase é uma infecção causada pelo protozoário Giardia lamblia, que se aloja no intestino e provoca diarreia persistente, com fezes pastosas ou com muco, além de gases, cólicas e perda de apetite. A transmissão ocorre principalmente pelo contato com água, fezes ou superfícies contaminadas. 

Mesmo após o tratamento com antiparasitários, o protozoário pode permanecer no ambiente e reinfectar o animal. A higiene do local onde o filhote vive é fundamental para evitar novos episódios. Em alguns casos, o veterinário pode indicar a vacinação contra Giardia, especialmente em filhotes mais vulneráveis ou em locais com surtos da doença. 

6. Sarna (escabiose e demodicose)

A sarna é uma doença de pele causada por ácaros, e existem dois tipos principais que afetam os filhotes: a sarna sarcóptica (escabiose) e a sarna demodécica (demodicose). A escabiose provoca coceira intensa, vermelhidão, crostas e perda de pelos e é altamente contagiosa, inclusive para humanos. A demodicose ocorre em animais com baixa imunidade, como filhotes, e costuma provocar lesões localizadas na pele. 

O diagnóstico é feito por raspagem de pele e o tratamento é feito com acompanhamento veterinário, principalmente nos casos mais severos. “O tratamento da sarna em cães e gatos deve ser realizado com base em medicações acaricidas. As mesmas podem ser administradas via tópica, oral ou, inclusive, mediante aplicação de injeções”, explica Maurício Orlando Wilmsen, médico-veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Câmpus Toledo. 

7. Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação da membrana que reveste os olhos e pode acometer filhotes de cachorro e gato. Pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou até por irritações químicas e ambientais. Nos gatos, é comum a associação com doenças respiratórias virais, como a rinotraqueíte felina. 

Os sinais incluem olhos vermelhos, lacrimejamento, secreção ocular, sensibilidade à luz e coceira. Em casos mais graves, o animal pode manter os olhos fechados ou apresentar úlceras na córnea. O tratamento depende da causa e pode incluir colírios antibióticos, antivirais ou anti-inflamatórios, sempre sob orientação veterinária. 

8. Infecções respiratórias

Filhotes também são vulneráveis a infecções respiratórias, como gripe canina (tosse dos canis) e rinotraqueíte felina. Essas doenças são provocadas por vírus e bactérias, muitas vezes transmitidos por contato direto com animais doentes ou ambientes contaminados. Os sintomas incluem espirros, secreção nasal, tosse, dificuldade para respirar, febre, olhos lacrimejantes e apatia. 

O tratamento varia de acordo com o agente causador, podendo incluir antibióticos, anti-inflamatórios e nebulizações. Ambientes limpos, ventilados e longe de aglomerações ajudam na prevenção, além da vacinação, que deve ser mantida em dia. 

Fonte: Portal EdiCase

Redação EdiCase

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