Tiques involuntários, que podem se manifestar por meio de movimentos (motores) ou palavras e sons (fônicos), são os principais sintomas apresentados por pacientes diagnosticados com a Síndrome de Tourette (ST). Esta, por sua vez, tem 150 mil novos casos diagnosticados por ano, segundo levantamento do Hospital Israelita Albert Einstein.
Apesar de ser uma condição neurológica que exige empatia e compreensão, a ST ainda é cercada por preconceitos. No entanto, a visibilidade e a aceitação vêm crescendo, especialmente após artistas como a cantora norte-americana Billie Eilish e o cantor britânico Lewis Capaldi revelarem que convivem com a síndrome.
Para a neuropsicóloga Martha Valeria Medina Rivera, da NeuronUP, multinacional espanhola de neurorreabilitação cognitiva, é essencial que os sintomas da síndrome e a vivência do paciente sejam normalizados.
“Promover a autoaceitação é diminuir a culpa e reforçar uma imagem positiva, que não se resuma ao transtorno. Aceitar-se não significa se resignar, mas sim aprender a conviver com dignidade. E isso só é possível quando as mensagens de apoio vêm acompanhadas de validação emocional constante, reconhecendo seus esforços e dificuldades com sensibilidade e respeito”, comenta.
Martha Valeria Medina Rivera ressalta a importância de utilizar ferramentas eficazes para a intervenção neuropsicológica, que ajudam a controlar os sintomas da doença. “Ferramentas específicas ajudam no tratamento, pois permitem trabalhar as funções cognitivas de forma estruturada e personalizada, adaptando o tratamento às necessidades de cada paciente e registrando seu progresso”, afirma.
A seguir, confira 7 maneiras de apoiar uma pessoa com síndrome de Tourette!
A primeira e mais importante atitude é simples: não reaja aos movimentos involuntários. “Encará-los, comentar ou rir pode aumentar a ansiedade da pessoa, intensificando ainda mais os movimentos. Tratar a situação com naturalidade cria um ambiente seguro, reduz o estresse social e fortalece a autoestima. Lembre-se: tiques são involuntários — não merecem ser corrigidos ou repreendidos”, comenta Martha Valeria Medina Rivera.
É muito comum que as pessoas confundam tiques com má-educação ou comportamento inadequado, especialmente em ambientes escolares. “Educar colegas, professores e familiares sobre a síndrome é fundamental”, afirma a especialista. Segundo ela, explicar que os movimentos são involuntários e não sinal de desrespeito ajuda a evitar punições injustas, exclusão e bullying. O conhecimento tende a reduzir o preconceito e promove empatia.
Pacientes com Tourette podem se sentir constantemente observados, o que gera ansiedade e retroalimenta os tiques. Estar disponível, escutar com empatia e validar os sentimentos da pessoa é essencial. Um ambiente acolhedor, com relações respeitosas e sem julgamentos, reduz o impacto emocional dos sintomas e previne o isolamento social.
É crucial que, antes de demonstrar apoio, pergunte para a pessoa com a síndrome se pode oferecer contato físico. Um abraço ou gesto afetuoso só é bem-vindo se houver consentimento. “Pequenos gestos, como um toque leve no braço ou um olhar compreensivo, podem transmitir apoio sem invadir o espaço pessoal. A presença silenciosa e respeitosa pode ser mais poderosa do que palavras”, comenta a neuropsicóloga Martha Valeria Medina Rivera.
Nem todo mundo com Tourette gosta de falar sobre os tiques. O ideal é perguntar diretamente, com respeito e sensibilidade, se a pessoa se sente confortável em conversar sobre isso. Se sim, escute sem interrupções e sem pressa. Se não, respeite. A chave está na empatia: forçar uma conversa pode aumentar o desconforto.
Conforme explica a especialista, “ambientes como festas ou salas lotadas podem intensificar os tiques em pessoas com síndrome de Tourette, devido ao estresse gerado. Por isso, é importante que o paciente e as pessoas próximas conheçam técnicas como respiração profunda, meditação, mindfulness, ioga ou até mesmo caminhar ajudam a acalmar e liberar a tensão”.
Estímulos sensoriais (música, aromas, objetos táteis) e visualizações positivas (“estou bem”, “vai passar”) também reforçam o bem-estar. Segundo a especialista, essas práticas podem ser feitas antes ou durante situações desafiadoras, com ou sem apoio de alguém próximo.
Martha Valeria Medina Rivera enfatiza que, para melhorar a qualidade de vida de uma pessoa com síndrome de Tourette, é fundamental receber apoio e tratamento multidisciplinares. Esses perfis costumam apresentar dificuldades cognitivas, e a estimulação por meio de atividades pode contribuir para melhorar o desempenho e a funcionalidade no dia a dia.
Por Patrícia Martins Buzaid
Fonte: Portal EdiCase
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