Erros que parecem simples, como esquecer de registrar contribuições ou escolher a regra de aposentadoria errada, podem fazer o trabalhador perder muito dinheiro. O problema é que muitas pessoas só percebem isso depois que já começaram a receber o benefício, quando a correção fica mais difícil e demorada.
“A aposentadoria é um projeto de vida, mas muitos brasileiros a tratam como uma mera formalidade burocrática. Esse descuido custa caro. Um erro na análise do histórico ou na escolha da regra pode significar a perda do valor de um carro popular por ano no benefício”, alerta a advogada previdenciarista Marceli Rodrigues, professora de pós-graduação e especialista no tema.
Para evitar que isso aconteça, a especialista lista os 7 erros mais comuns que devem ser evitados para não reduzir o valor da aposentadoria. Confira!
1. Confiar cegamente no extrato do INSS (CNIS)
O documento oficial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), pode conter falhas, como vínculos de trabalho sem data de término ou salários registrados com valor incorreto.
2. Desconhecer as regras de transição
A escolha entre pedágio de 50%, 100% ou regra de pontos sem uma simulação prévia pode levar a uma aposentadoria mais tardia ou com um valor mensal significativamente menor.
3. Ignorar períodos de trabalho “esquecidos”
Tempo de serviço militar, trabalho rural (mesmo em regime familiar) ou período como aluno-aprendiz são valiosos e podem antecipar o benefício.

4. Não valorizar o trabalho em condições especiais
Algumas condições de trabalho podem influenciar na contagem do tempo da aposentadoria. “Quem atuou exposto a agentes nocivos à saúde, como ruído ou produtos químicos, tem direito a uma contagem de tempo diferenciada. Para isso, é indispensável solicitar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) à empresa, um direito do trabalhador”, explica Marceli Rodrigues.
5. Contribuir com o valor errado
Contribuir abaixo do salário-mínimo pode invalidar o mês de recolhimento, enquanto pagar sobre o teto sem necessidade pode ser um desperdício de dinheiro.
6. Parar de contribuir antes da hora
Atingir o tempo mínimo de contribuição não garante o acesso a todas as regras. Interromper os pagamentos pode diminuir a média salarial e adiar o direito ao benefício.
7. Pedir a aposentadoria no “piloto automático”
Aceitar a primeira simulação do INSS sem uma análise técnica prévia é abrir mão do “direito ao melhor benefício“, que obriga a autarquia a conceder a opção mais vantajosa para o segurado.
Por Gabriela Andrade
Fonte: Portal EdiCase