7 dicas para lidar com a tosse em bebês

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A tosse em bebês costuma causar apreensão nos pais — e com razão. Em muitos casos, ela é apenas um reflexo natural do corpo para expulsar secreções ou proteger as vias respiratórias. Contudo, também pode ser sintoma de uma infecção mais grave.

Para ajudar a diferenciar os casos, a pediatra Dra. Vanessa Tirloni explica como identificar os sinais de alerta e quais atitudes são seguras ou não quando os pequenos começam a tossir. Confira!

1. Toda tosse precisa de atenção

Tossir, por si só, não é uma doença. É um sintoma que pode indicar desde um simples resfriado até uma infecção pulmonar. Em bebês, é comum que a tosse apareça no fim de um quadro gripal, por exemplo. O importante é observar a duração, a frequência e se há outros sinais associados, como febre, chiado no peito ou falta de apetite.

“Tosse leve e passageira geralmente está ligada a vírus comuns. Mas, quando dura mais de cinco dias ou atrapalha a alimentação e o sono do bebê, é preciso investigar”, alerta Dra. Vanessa Tirloni. Por isso, consulte sempre o pediatra.

2. Causas frequentes da tosse

Resfriados, gripes e bronquiolite estão entre as causas mais frequentes de tosse nos primeiros dois anos de vida. Em bebês menores, o refluxo gastroesofágico também pode provocar o sintoma, principalmente após as mamadas ou durante o sono. Alergias e irritações causadas por poluição ou ambientes muito secos também entram na lista.

3. Sintomas que tornam a tosse preocupante

Se o bebê faz esforço para puxar o ar, apresenta chiado, respira com o abdômen ou movimenta as costelas de forma exagerada, procure atendimento médico imediato. Outros sinais de alerta incluem febre persistente, lábios arroxeados, recusa alimentar e sonolência excessiva. “A dificuldade respiratória é um dos sinais mais importantes a serem observados. Em bebês, ela pode evoluir rapidamente e exige avaliação pediátrica sem demora”, reforça a pediatra.

Copo de vidro com uma colher apoiada, contendo xarope marrom, sobre uma mesa de madeiraCopo de vidro com uma colher apoiada, contendo xarope marrom, sobre uma mesa de madeira
Os xaropes podem causar efeitos adversos perigosos nos bebês (Imagem: showcake | Shutterstock)

4. Nunca dê xarope sem orientação médica

O uso de xaropes ou antitussígenos é totalmente contraindicado para bebês, especialmente os menores de dois anos. Além de não tratarem a causa da tosse, esses medicamentos podem causar efeitos adversos perigosos, como sonolência excessiva e intoxicação.

Mesmo que sejam populares entre familiares e amigos, remédios caseiros à base de mel, limão ou própolis não devem ser oferecidos a bebês. O mel, inclusive, é proibido antes dos 12 meses por risco de botulismo, uma infecção rara e grave.

6. Hidratação e ambiente limpo são os maiores aliados

Manter o bebê hidratado ajuda a fluidificar secreções. Ofereça leite com frequência. Além disso, lave o nariz com soro fisiológico, evite tapar o ambiente com cobertores pesados e mantenha janelas abertas para a circulação de ar. O ar seco, comum no inverno, pode agravar a tosse.

7. Consulte um pediatra

Por mais acessível que a internet seja, nenhum vídeo ou post substitui uma consulta médica. Se o comportamento do bebê mudou, ele apresenta sinais de cansaço, febre prolongada ou dificuldade para respirar, não hesite: leve-o ao pediatra. “O mais importante é observar o conjunto dos sintomas e o estado geral do bebê. Muitos quadros são leves, mas outros podem se agravar em poucas horas”, finaliza a Dra. Vanessa Tirloni.

Por Sarah Monteiro

Fonte: Portal EdiCase

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