O dólar tem caído bastante em 2025, acumulando desvalorização de mais de 12% no ano e chegando a patamares não vistos desde meados de 2024. Para quem planeja uma viagem internacional, este cenário representa uma oportunidade única de economizar na compra da moeda americana.
Diferentemente do que acontece no final do ano, quando a alta temporada de viagens faz muitos brasileiros correrem atrás do câmbio, o momento atual oferece condições mais favoráveis para quem pensa estrategicamente.
Confira as principais estratégias para aproveitar esse cenário e economizar na sua próxima viagem!
1. Não deixe a compra para a última hora
A estratégia mais eficiente para lidar com a volatilidade cambial é aproveitar os períodos de baixa para formar uma reserva internacional, em vez de esperar a última hora.
“A maioria das pessoas comete o erro de deixar a compra de dólares para poucos dias antes da viagem, correndo o risco de pegar um câmbio desfavorável”, explica Murilo Mascaro, diretor de produtos para viagem da Nomad. “O ideal é aproveitar momentos como este para ir formando uma reserva aos poucos, mesmo que a viagem só aconteça em alguns meses”.
2. Faça seu dinheiro render enquanto você planeja
Se o prazo para sua viagem permitir, considere uma estratégia ainda mais inteligente: em vez de deixar o dinheiro parado, invista esses recursos em opções seguras adequadas ao seu perfil. Dessa forma, você aproveita tanto a rentabilidade dos investimentos quanto os momentos favoráveis do câmbio.
3. Use a estratégia de compra fracionada
A abordagem mais recomendada é dividir a aquisição em pequenas quantidades ao longo de diferentes períodos. Essa estratégia dilui o risco de oscilações e permite aproveitar momentos de maior baixa. O ideal é fazer compras mensais até uma semana antes da viagem.
“Muitos viajantes apostam que o dólar vai cair ainda mais e depois se arrependem por não ter comprado no momento certo”, alerta Murilo Mascaro, que acrescenta: “A compra aos poucos reduz a incerteza e garante um preço médio mais vantajoso”.

4. Pesquise e compare para maximizar a economia
A pesquisa de cotações em diferentes instituições é fundamental, já que as taxas podem variar entre casas de câmbio, bancos e fintechs especializadas. Para viagens já programadas, uma alternativa é dividir a compra em etapas, adquirindo primeiro a moeda para gastos essenciais.
Vale lembrar que os custos da viagem incluem o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), atualmente em 3,5% tanto para compra de moeda em espécie quanto para uso de cartões de crédito e débito.
5. Entenda a diferença entre dólar turismo e comercial
Tradicionalmente, os brasileiros compram dólar turismo nas casas de câmbio. É a modalidade mais conhecida, mas nem sempre a mais econômica. O dólar turismo tem cotações mais altas devido às margens de lucro, custos operacionais e taxas administrativas.
O dólar comercial é usado principalmente por empresas e tem cotação mais próxima ao valor real de mercado. Algumas plataformas digitais conseguem oferecer condições mais próximas às do mercado comercial para pessoas físicas.
6. Use a tecnologia a seu favor
Aproveite a tecnologia para acompanhar as variações do câmbio em tempo real. Aplicativos de bancos, casas de câmbio e plataformas especializadas oferecem alertas quando o dólar atinge determinado patamar que você define.
Configure as notificações para ser avisado quando a cotação chegar ao valor desejado para suas compras. Assim você não perde oportunidades de baixa e pode agir rapidamente nos melhores momentos.
Por Natalia Gómez
Fonte: Portal EdiCase