A fimose é uma condição comum nos primeiros anos de vida e, na maioria das vezes, faz parte do desenvolvimento natural da criança. Ela pode ser identificada quando o prepúcio (a pele que cobre a ponta do pênis) não se retrai completamente. Em alguns casos, podem surgir sinais de alerta como dificuldade para urinar, dor, vermelhidão, inchaço ou inflamações recorrentes. Observar esses sintomas é essencial para saber quando procurar ajuda médica.
Segundo o urologista e médico do Núcleo DOME Dr. Rogério Saint-Clair, muitos casos de fimose evoluem positivamente sem necessidade de intervenção, mas é fundamental acompanhamento especializado para garantir cuidados seguros e evitar procedimentos desnecessários.
Pensando nisso, o especialista lista 6 dicas para cuidar da fimose nos primeiros anos de vida. Confira!
1. Observe a higiene diária
Lave apenas a parte externa do pênis com água e sabão neutro. Não force a retração do prepúcio. Por exemplo, ao dar banho na criança, apenas limpe suavemente a glande externa e a abertura do prepúcio.
2. Fique atento a sinais de inflamação
Vermelhidão, dor, inchaço ou secreção são sinais de que algo pode estar errado. Por exemplo, se a criança chora ao urinar ou apresenta secreção amarelada, é hora de procurar o urologista.
3. Note a dificuldade para urinar
Um jato fraco, a necessidade de fazer força, pingos frequentes ou dor podem indicar que o prepúcio está muito apertado. Um exemplo clássico é quando a criança segura o xixi, sente dor ou demora muito para terminar de urinar.

4. Evite automedicação
Cremes ou pomadas devem ser usados somente com orientação médica. Por exemplo, não aplique cremes com corticoide por conta própria, pois o uso inadequado pode irritar ainda mais a região ou não resolver o problema.
5. Não force a retração do prepúcio
Puxar a pele com força pode causar lesões, dor e aumentar o risco de infecções. Por exemplo, se, durante o banho, a pele não ceder, apenas continue lavando suavemente a área externa e espere o desenvolvimento natural.
6. Acompanhamento com especialista
Consultas periódicas com o urologista permitem avaliar o desenvolvimento da criança e decidir se alguma intervenção será necessária. Por exemplo, em crianças com inflamações recorrentes ou dificuldade persistente para urinar, o médico pode recomendar tratamentos conservadores ou, em casos raros, a cirurgia.
Por Felipe Sá
Fonte: Portal EdiCase