A maternidade após os 35 anos tem deixado de ser exceção e se tornado uma escolha cada vez mais comum entre as brasileiras. Motivações como estabilidade emocional, maturidade profissional e o desejo de viver essa fase de forma mais consciente têm levado muitas mulheres a adiarem a gravidez.
Segundo a pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento considerável de 65,7% na quantidade de mulheres que decidiram engravidar após os 40 anos. O número saltou de 64 mil, em 2010, para 106 mil em 2022.
Para Flávia Soccol, head global de Patient Care da Doctoralia, plataforma de agendamento online de consultas, cada vez mais brasileiras estão postergando o desejo de ser mãe. “Estamos observando uma mudança significativa no comportamento das mulheres em relação à maternidade. Muitas têm optado por adiar esse momento para priorizar outros aspectos da vida, como a carreira e a saúde emocional e física”, afirma.
Essa tendência vai ao encontro do fato de que elas priorizam os cuidados com a própria saúde. Segundo dados do Perfil do Paciente Digital, pesquisa realizada pela Doctoralia, as mulheres lideram o uso de plataformas digitais para agendar serviços de saúde, representando 63% dos usuários, e a especialidade Ginecologia e Obstetrícia é a mais buscada.
Segundo a ginecologista Dulce Henriques, do ponto de vista médico, é considerada gravidez tardia aquela em que a mulher tem 35 anos ou mais. “Isso porque, nessa idade, a mulher passa a apresentar uma diminuição natural da reserva ovariana, independentemente do uso de anticoncepcionais. Além disso, a qualidade dos óvulos tende a se alterar, aumentando o risco de anomalias cromossômicas, o que pode comprometer as chances de uma gravidez bem-sucedida”, explica.
A médica alerta que as mulheres que planejam ter uma gestação em uma idade mais avançada devem se lembrar que nem sempre as coisas acontecem conforme o desejo. “Considere a possibilidade de ter dificuldade para engravidar ou outro problema. Lembre-se que o tempo não para e é uma grande desvantagem para a mulher que prioriza sua carreira antes da maternidade”, ressalta. Ela ainda destaca a importância de um acompanhamento com o ginecologista ou um especialista em Reprodução Humana.
O adiamento da gestação, motivado, principalmente, por fatores como a busca por estabilidade financeira, foco na realização profissional e espera por um parceiro ideal, refletem uma mudança no panorama da maternidade no país e traz à tona uma série de mitos e verdades sobre gravidez tardia que merecem atenção. Veja a seguir!
Mito. Embora existam riscos aumentados, como diabetes gestacional e hipertensão, muitas mulheres têm gestações saudáveis com acompanhamento médico adequado e um pré-natal rigoroso.
Verdade. A partir dos 35 anos, há uma queda natural na reserva ovariana e na qualidade dos óvulos, o que pode impactar as chances de uma gravidez bem-sucedida.
Mito. Apesar do risco aumentado de alterações cromossômicas, exames modernos como o Teste Pré-Natal Não Invasivo (NIPT) ajudam na detecção precoce, e hábitos saudáveis das mães maduras podem favorecer o bebê.
Verdade. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acompanhamento prioritário para gestantes com 35 anos ou mais, incluindo exames específicos e consultas especializadas.
Mito. A decisão de adiar a maternidade está relacionada a diversos fatores, como busca por estabilidade financeira, carreira e o parceiro ideal — o que ocorre em diversas camadas sociais.
Verdade. Mulheres maduras costumam apresentar maior estabilidade emocional e financeira, o que pode influenciar positivamente na criação dos filhos.
Por Daniel Rela
Fonte: Portal EdiCase
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