6 filmes finalistas para representar o Brasil no Oscar 2026

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6 filmes finalistas para representar o Brasil no Oscar 2026

O cinema brasileiro segue ganhando destaque no cenário internacional, especialmente após o sucesso de “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025. Ainda neste ano, seis longas disputam a oportunidade de representar o país na premiação de 2026, demonstrando a variedade e a criatividade das narrativas nacionais.

Entre dramas intensos, histórias de resistência e retratos sensíveis da realidade brasileira, esses filmes confirmam a presença do Brasil no panorama mundial, conquistando prêmios, reconhecimento em festivais e elogios que reforçam a excelência de nossas produções.

A seguir, conheça os seis longas finalistas que podem representar o Brasil no Oscar de 2026!

1. O agente secreto (2025)

Grupo de pessoas sentada em sala ao redor de mesa com comida e bebidas, usando roupas da década de 70
Em “O agente secreto”, Marcelo se vê envolvido em uma trama de segredos e tensão política durante o regime militar no Recife (Imagem: Reprodução digital | VITRINE FILMES)

O thriller político mergulha no contexto do Recife de 1977, durante o regime militar. A história acompanha Marcelo (Wagner Moura), um professor de tecnologia que deixa São Paulo em busca de tranquilidade, mas se vê envolvido em um ambiente de vigilância constante e tensões políticas.

Entre espiões, segredos e decisões arriscadas, ele precisa lidar com dilemas éticos e pessoais enquanto tenta proteger a própria vida e aqueles ao seu redor. Lançado no Festival de Cannes, o longa recebeu elogios da crítica internacional, conquistando prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator.

2. O último azul (2025)

Imagem de um homem de barba com cabelo cumprido vestindo uma camiseta vermelha, ao lado de uma senhora idosa usando uma camiseta verde dirigindo barco
Em “O último azul”, Tereza está em busca de realizar seu último desejo antes de sua mudança forçada pelo governo (Imagem: Reprodução digital | VITRINE FILMES)

O filme mostra um Brasil distópico, onde o governo cria uma política que obriga os idosos a se mudarem para colônias afastadas, apresentadas como espaços de descanso, mas que, na verdade, servem para manter apenas os jovens na linha de frente da sociedade. Entre os convocados, está Tereza (Denise Weinberg), de 77 anos, moradora de uma cidade industrial na Amazônia.

Ao receber a notificação de que precisa partir, ela decide realizar um último desejo antes da mudança forçada. Ela embarca em uma travessia pelos rios amazônicos, sem imaginar que essa escolha pode alterar completamente o rumo de sua existência. O longa recebeu o prêmio Urso de Prata no Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2025.

3. Oeste outra vez (2024)

Dois homens sentados um ao lado do outro, ambos usando camisas de botão se encarando, ao fundo uma imagem amarela de uma mulher de costas indo embora
Em “Oeste outra vez”, Totó e Durval têm dificuldade em lidar com suas próprias emoções, o que provoca tensões e confrontos (Imagem: Reprodução digital | O2 Filmes)

O drama combina o clima do faroeste com uma reflexão sobre a masculinidade e seus conflitos. No sertão de Goiás, acompanhamos a trajetória de Totó (Ângelo Antônio) e Durval (Babu Santana), dois homens endurecidos pela vida, que têm dificuldade em lidar com suas próprias emoções e acabam sendo rejeitados pelas mulheres que amam.

Entre frustrações e mágoas, a relação entre eles se torna cada vez mais conflituosa, dando espaço a tensões e confrontos. O filme conquistou prêmios importantes, como o Kikito de Melhor Longa-Metragem no Festival de Gramado 2024, além de Melhor Fotografia para André Carvalheira e Melhor Ator Coadjuvante para Rodger Rogério.

4. Kasa Branca (2024)

Três jovens negros com usando camiseta e bermuda, um deles está empurrando uma cadeira de rodas com uma senhora usando um vestido amarelo claro
“Kasa Branca” acompanha a jornada de Dé e de seus amigos, Adrianim e Martins, enquanto cuidam da avó do protagonista (Imagem: Reprodução digital | VITRINE FILMES)

O longa, inspirado em fatos, acompanha Dé (Big Jaum), um jovem que vive na comunidade da Chatuba, no Rio de Janeiro. Quando sua avó, Dona Almerinda (Teca Pereira), é diagnosticada com Alzheimer em estágio avançado, o menino decide transformar os últimos dias dela em momentos de alegria e carinho.

Sem poder contar com o apoio da família, ele recebe a ajuda de seus amigos próximos, Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), formando uma pequena rede de solidariedade para superar obstáculos e celebrar a vida da matriarca. O drama conquistou os prêmios de Melhor Direção de Ficção, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora no Festival Internacional do Rio de Janeiro 2024.

5. Manas (2024)

Uma jovem com cabelo curto, usando uma regata estampada e bermuda jeans andando em barco com barcos ao fundo
Em “Manas”, Marcielle questiona o papel das mulheres em sua comunidade e busca maneiras de romper o ciclo de sofrimento que as afeta (Imagem: Reprodução digital | PARIS FILMES)

O drama segue Marcielle (Jamilli Correa), uma menina de 13 anos que vive com a família na Ilha de Marajó, no Pará. Quando sua irmã mais velha, Alana, foge com um homem que conheceu nos barcos da região, Marcielle passa a questionar o papel das mulheres em sua comunidade e a realidade da opressão que as cerca.

Consciente da violência e dos abusos que permeiam seu cotidiano, a jovem decide enfrentar essas situações e lutar para quebrar o ciclo de sofrimento que atinge sua família e outras mulheres ao redor. Estreado no Festival de Veneza, o filme recebeu o prêmio Giornate degli Autori de Melhor Direção e conquistou o Women In Motion Emerging Talent no Festival de Cannes.

6. Baby (2024)

Homem com cabelo curto, usando camiseta estampada, calça jeans e tênis branco deitado na cama mexendo no celular em quarto de hotel
Em “Baby”, Wellington busca formas de sobreviver após sair do centro de detenção juvenil (Imagem: Reprodução digital | VITRINE FILMES)

A produção acompanha Wellington (João Pedro Mariano), um jovem de 18 anos recém-saído de um centro de detenção juvenil. Sem referências familiares ou suporte, ele precisa se adaptar à dura realidade das ruas de São Paulo. Sua trajetória muda ao encontrar Ronaldo (Ricardo Teodoro), um homem mais velho que atua como garoto de programa e apresenta a Wellington novos caminhos de sobrevivência. Entre proteção, ciúmes e paixão, os dois desenvolvem um vínculo intenso, marcado por conflitos e dependência emocional. Ricardo Teodoro levou o prêmio de Melhor Ator Revelação pelo filme no Festival de Cannes em 2024.





Fonte: Portal EdiCase

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