No fim de ano, o cansaço acumulado, a expectativa pelo futuro e a pressão por um bom resultado nos vestibulares passam a fazer parte da rotina dos adolescentes. A reta final, que deveria ser apenas um momento de revisão, acaba se tornando um período de ansiedade intensa, tanto para os estudantes quanto para suas famílias.
Segundo Mariana Ramos, professora de Psicologia da Afya Centro Universitário de Itaperuna, esse período exige atenção redobrada ao bem-estar dos jovens. “É comum que eles sintam que todo o ano se resume ao que vai acontecer nessas semanas finais, mas precisamos ajudá-los a enxergar o processo com mais equilíbrio”, afirma.
Conforme a psicóloga, é comum, entre jovens pré-vestibulandos, o pensamento de que “se eu não passar agora, todo meu esforço terá sido em vão”, uma forma de interpretação conhecida na Psicologia como distorção cognitiva de catastrofização, que leva o estudante a reduzir seu próprio valor e a enxergar o momento de forma extremada.
A especialista explica que a combinação entre fadiga, cobranças internas e expectativas externas aumenta significativamente o risco de esgotamento emocional, e reforça que o suporte familiar, aliado a estratégias simples de organização e cuidado, pode fazer diferença tanto na saúde mental quanto no desempenho acadêmico. Por isso, destaca a importância de ajudá-los a perceber o processo com mais equilíbrio, compreendendo que o resultado não define quem eles são.
A seguir, confira estratégias para ajudar pré-vestibulandos a lidar melhor com a fase de provas!
Manter expectativas equilibradas nessa fase é essencial. Pressionar o jovem a “recuperar o ano inteiro” em poucos dias só aumenta o estresse, e uma rotina organizada, com metas possíveis, traz muito mais segurança. Quando a família colabora para estruturar o tempo de estudo de forma saudável, o adolescente sente maior controle sobre o processo e reduz a ansiedade.
Muitos estudantes acreditam que dormir menos para estudar mais é necessário, e os adultos podem reforçar essa ideia sem perceber. O cérebro cansado não fixa informações com eficiência; já o sono adequado melhora memória, concentração e desempenho. Proteger o horário de descanso, evitando cobranças, estímulos e interrupções, é uma das formas mais importantes de cuidar do bem-estar nessa fase.
Inserir momentos de respiro na rotina faz diferença. Caminhar, ouvir música, cozinhar ou praticar atividades leves são válvulas de escape que reduzem a tensão e renovam a energia emocional do adolescente. Esses intervalos tornam o estudo mais produtivo e evitam sobrecarga.
Comparações com colegas e cobranças excessivas aumentam a pressão sobre o jovem e prejudicam seu equilíbrio emocional. Cada estudante tem um ritmo próprio de aprendizado, e o apoio familiar precisa vir no sentido de acolher, orientar e oferecer segurança, nunca de intensificar a competição.
A escuta atenta é fundamental na reta final do vestibular. Quando o adolescente encontra espaço seguro para falar sobre inseguranças, parte da carga emocional se dissipa, e o pensamento fica mais claro para enfrentar o que vem pela frente. Abrir conversas francas e acolhedoras fortalece o vínculo e reduz significativamente a ansiedade.
Demonstre que o amor e o valor do adolescente não dependem de uma aprovação: quando o jovem tem a segurança emocional de que não será definido por uma prova, sua ansiedade diminui, sua autoconfiança cresce e seu desempenho tende a melhorar. O apoio emocional faz diferença não só nas provas, mas na vida. A mensagem precisa ser: “estamos juntos, independentemente do resultado”.
Para a psicóloga Mariana Ramos, o mais importante é lembrar que o vestibular é apenas uma etapa, não um veredito sobre quem o jovem é ou será. “O vestibular é um marco importante, mas não precisa ser um período de sofrimento. Com suporte adequado, intervenções psicológicas baseadas em evidências e uma rede familiar acolhedora, é possível transformar ansiedade em foco, medo em coragem e pressão em aprendizado. A saúde mental também é um pré-requisito para aprovação, e cuidar dela é tão importante quanto estudar”, finaliza.
Por Beatriz Felicio
Fonte: Portal EdiCase
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