O interesse por previdência privada cresce à medida que mais pessoas percebem a importância de garantir uma renda complementar no futuro. Apesar disso, ainda é comum encontrar investidores cometendo falhas que reduzem a rentabilidade e atrapalham os planos de longo prazo. Por isso, a seguir, confira dicas para fazer esse planejamento com segurança!
1. Pesquise antes de contratar
Antes de contratar, vale conversar com especialistas, analisar os custos e entender bem como o plano funciona. Compare, avalie histórico de rentabilidade e não esqueça de verificar as taxas de administração e carregamento Depois, é essencial acompanhar a evolução, manter a disciplina e, se preciso, fazer ajustes no caminho.
2. Verifique se a previdência combina com o seu perfil
O primeiro ponto de atenção, segundo o analista Rafael Leuzinger, do Grupo Fractal, hub de soluções financeiras, é entender se o plano de previdência contratado está alinhado ao perfil de risco do investidor. “Muitos aplicam seus recursos sem avaliar se são conservadores, moderados ou agressivos, e essa falta de coerência pode trazer consequências sérias”, destaca.
De acordo com ele, quando um investidor conservador escolhe um plano mais arrojado, corre o risco de enfrentar oscilações fortes no curto prazo e se frustrando com o investimento, nesse cenário, o que deveria trazer segurança e tranquilidade pode rapidamente se transformar em uma preocupação a mais. Já um investidor agressivo que opta por um plano muito conservador pode se frustrar com rendimentos abaixo do esperado e deixar de aproveitar o potencial de crescimento no longo prazo.
“Errar na definição do perfil de risco pode prejudicar o investidor em duas frentes: tira a tranquilidade durante o percurso e ainda compromete os resultados que ele espera alcançar no futuro”, ressalta Rafael Leuzinger.
3. Atenção às taxas e aos custos envolvidos
Custos altos corroem a rentabilidade no longo prazo. Prefira opções mais enxutas. Por isso, também é importante, segundo Rafael Leuzinger, ter atenção com as taxas cobradas. “Muitas pessoas contratam planos sem analisar a fundo os custos de administração e carregamento, que, no longo prazo, podem corroer boa parte do rendimento”, avalia.

4. Use a portabilidade
Outro deslize comum é não avaliar a portabilidade. “Esse recurso permite transferir o plano para outra instituição sem pagar imposto, mas pouca gente se lembra de usar essa possibilidade quando encontra opções mais baratas ou adequadas ao seu perfil”, informa Rafael Leuzinger. Se encontrar condições melhores em outra instituição, transfira o plano sem custos de imposto.
5. Planeje os resgates
De acordo com Rafael Leuzinger, resgatar os recursos antes da hora é uma armadilha perigosa, pois o saque antecipado pode gerar tributação mais alta e comprometer os benefícios fiscais, reduzindo o valor acumulado.
6. Escolha o regime tributário com cuidado
A escolha errada do regime de tributação também pesa no bolso. Optar entre o modelo progressivo ou regressivo deve ser uma decisão alinhada ao prazo do investimento e ao valor que se espera resgatar. Sem esse cuidado, o investidor pode pagar mais impostos do que o necessário.
No fim das contas, a previdência privada pode, sim, ser uma ferramenta poderosa para garantir mais conforto no futuro. “Mas, para isso, é preciso encarar a decisão como um projeto de longo prazo, que exige informação, paciência e constância. Afinal, quando se trata de aposentadoria, cada detalhe faz diferença no resultado final”, complementa Rafael Leuzinger.
Por Thayná Almeida
Fonte: Portal EdiCase